sábado, 22 de novembro de 2025

Plano dos Correios prevê demissões em massa e empréstimo de R$ 20 bilhões para evitar colapso

Depois de 12 trimestres seguidos de prejuízo, os Correios aprovaram um amplo plano de reestruturação para recuperar a saúde financeira da estatal e garantir sua atuação como operador logístico nacional.

A proposta, antecipada em outubro pelo presidente Emmanoel Rondon, foi validada pelos conselhos da empresa.

O plano se apoia em três eixos estratégicos:
• recuperação financeira;
• consolidação do modelo operacional;
• crescimento estratégico.

A principal aposta para reforçar o caixa é a captação de R$ 20 bilhões junto a um consórcio de bancos — operação que, segundo os Correios, deve ser concluída até o fim de novembro.

Medidas previstas para os próximos 12 meses

Para alcançar as metas traçadas, a estatal pretende implementar ações diretas, entre elas:

Programa de Demissão Voluntária (PDV) e redução de despesas com planos de saúde;

Reestruturação da rede de atendimento, com possibilidade de fechar até mil unidades deficitárias;

Modernização da operação e da infraestrutura tecnológica;

Monetização de ativos e venda de imóveis, com potencial estimado em R$ 1,5 bilhão;

Expansão de serviços para o comércio eletrônico e estudo de fusões e aquisições para retomar o crescimento no médio prazo.

Apesar da lista de cortes e ajustes, os Correios afirmam que a universalização dos serviços postais continua sendo um compromisso essencial.

A estatal reforça que, mesmo acumulando um déficit de R$ 4,5 bilhões no primeiro semestre de 2025, segue sendo o único operador capaz de atender 100% dos municípios brasileiros — incluindo regiões remotas.

O objetivo da gestão é reduzir o déficit em 2026 e retomar o lucro em 2027.



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