Depois de 12 trimestres seguidos de prejuízo, os Correios aprovaram um amplo plano de reestruturação para recuperar a saúde financeira da estatal e garantir sua atuação como operador logístico nacional.
A proposta, antecipada em outubro pelo presidente Emmanoel Rondon, foi
validada pelos conselhos da empresa.
O
plano se apoia em três eixos estratégicos:
• recuperação financeira;
• consolidação do modelo operacional;
• crescimento estratégico.
A principal aposta para reforçar o caixa é a captação de R$ 20
bilhões junto a um consórcio de bancos — operação que, segundo os
Correios, deve ser concluída até o fim de novembro.
Medidas previstas para os próximos 12 meses
Para alcançar as metas traçadas, a estatal pretende implementar ações
diretas, entre elas:
Programa de Demissão Voluntária (PDV) e redução de despesas com
planos de saúde;
Reestruturação da rede de atendimento, com possibilidade de fechar
até mil unidades deficitárias;
Modernização da operação e da infraestrutura tecnológica;
Monetização de ativos e venda de imóveis, com potencial estimado
em R$ 1,5 bilhão;
Expansão de serviços para o comércio eletrônico e estudo de fusões
e aquisições para retomar o crescimento no médio prazo.
Apesar da lista de cortes e ajustes, os Correios afirmam que a universalização
dos serviços postais continua sendo um compromisso essencial.
A estatal reforça que, mesmo acumulando um déficit de R$ 4,5
bilhões no primeiro semestre de 2025, segue sendo o único operador capaz
de atender 100% dos municípios brasileiros — incluindo regiões remotas.


Nenhum comentário:
Postar um comentário