Alexandre Guedes, servidor da Autarquia e coordenador de comunicação do
Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Indireta do RN (SINAI-RN),
explica que o movimento grevista tem duas principais reivindicações.
São: a atualização do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) da
categoria, cobrada há quase um ano, e a realização de concurso público,
conforme acordado na greve de 2019, mas que até o momento não avançou
concretamente.
Uma outra demanda reclamada é o pagamento de processos pendentes,
pagamento de direitos previstos na legislação. Isto porque vários trabalhadores
ainda não receberam o pagamento de processos de insalubridade acumulados há
mais de um ano.
A direção do SINAI afirma que os trabalhadores optaram pela greve porque
enxergam nesse mecanismo de luta de classes a única alternativa para corrigir
as questões apresentadas.
As orientações conflitantes dadas pelo Gabinete Civil estadual, pela
Secretaria de Administração do Estado (SEAD) e pela direção do DETRAN pesaram
na decisão coletiva: “O Gabinete Civil dá uma orientação e os negociadores do
Governo vêm com outra orientação.
Assim fica impossível que um processo de negociação avance dessa
maneira”, comenta o diretor de comunicação do SINAI, Alexandre Guedes.
Ele exemplifica essa questão ao relatar que o anteprojeto do PCCR foi
totalmente rediscutido no dia 26 a pedido de membros da SEAD, embora vários
pontos já tivessem sido previamente esclarecidos.
Greve
em 02/09 e nova Assembleia
Em atendimento ao estabelecido pela Lei de Greve, os serviços do
Departamento Estadual de Trânsito serão suspensos apenas 72 horas após a
deflagração do movimento e do comunicado oficial à direção da Autarquia. Por
isso, apenas na quinta-feira (02/09) terá início a paralisação.
Alexandre Guedes explica que está sendo estudada a realização de um novo
ato unificado na sede estadual do DETRAN, para marcar o início da greve. A
ocasião deverá ser utilizada para explicar aos usuários os motivos pelos quais
a base decidiu paralisar os serviços.
Já a realização de uma nova Assembleia está sob a responsabilidade da direção do Sindicato e Organização por Local de Trabalho (OLT). É certo que o encontro acontecerá em até uma semana, de forma presencial ou virtual.