Em um total de 34 amostras analisadas, a Paraíba teve confirmados 25 casos de infecção pela variante Delta do novo coronavírus, de acordo com relatório divulgado nesta terça-feira (31) pelo projeto de vigilância realizado por meio de uma parceria entre Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Rio de Janeiro. As amostras são oriundas de todas as regiões da Paraíba.
De acordo com o Professor João Felipe Bezerra, coordenador do
Laboratório de Vigilância Molecular Aplicada (Lavimap), do Centro de Ciências
da Saúde (CCS), a identificação da Delta na Paraíba já era esperada, uma vez
que ela já está circulando nos estados vizinhos e no restante do país.
“Essas amostras são de diversos municípios da Paraíba, de João Pessoa,
Campina Grande, Sousa, Cajazeiras, Brejo do Cruz, Riacho dos Cavalos, Alagoa
Nova, Queimadas, são vários municípios.
Na verdade a gente já tem o que se costuma chamar de circulação
comunitária da variante; não é um caso que veio importado do Rio, ou do Reino
Unido”, explicou. O pesquisador informou, ainda, que na amostragem foram
constatadas duas sub linhagens novas, AY.4 e AY.12, funcionalmente iguais à
Delta.
Com essa confirmação, as recomendações são manter o distanciamento
social, o uso de máscaras e todos os cuidados recomendados pelos órgãos de
saúde, e o mais importante, avançar com a vacinação.
Segundo ele, as vacinas têm eficácia contra a variante Delta. Para o
pesquisador, nesse momento de circulação da Delta não é interessante a
flexibilização.
“A variante Delta tem uma taxa de transmissibilidade maior, tem uma
carga viral maior, então a gente precisa estar atento para conseguir brecar a
pandemia de alguma forma”, explicou Prof. João Felipe.
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