Para a secretária de Segurança do Rio Grande do Norte,
delegada Sheila Freita, a maior parte das chacinas que aconteceram no estado em
2017 está relacionada ao enfraquecimento das quadrilhas de roubos a bancos e
tráficos de drogas.
Sem 'poder de fogo', as facções criminosas passaram a
brigar ainda mais entre si, na disputa pelos setores onde ainda conseguem poder
e dinheiro.
Pelo menos oito chacinas foram registradas nos nove
meses do ano, no estado - número muito superior aos dos anos anteriores.
"Além de intensificar o trabalho, efetuar prisões,
apreender armas, sobretudo armamento pesado, apreender drogas, isso tem feito
com que as organizações criminosas atuem de outra forma.
Então elas estão fazendo esse tipo de crime
(assassinatos de várias pessoas) para chamar a atenção das autoridades
policiais e ver se a gente deixa de incomodá-las", declarou a secretária.
Sheila descartou possibilidade de recuar. "Nós não
vamos fazer isso. Vamos continuar com as operações diárias, vamos continuar com
as grandes operações em cima das organizações criminosas que atuam no roubo a
bancos e tráficos de drogas", concluiu.
Mais de 80 pessoas morreram, desde o início do ano, em
casos de chacinas e triplos homicídios em vários municípios do estado. Logo em
janeiro, uma verdadeira guerra aconteceu dentro da maior penitenciária do RN, a
de Alcaçuz, em Nísia Floresta, onde 26 homens perderam a vida.
G1/RN
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