O Brasil é o maior
mercado consumidor de crack no mundo e já ocupa a segunda colocação no ranking
de consumo de cocaína.
Esses dados,
constatados pela Universidade de São Paulo, foram recentemente confirmados pela
Fundação Oswaldo Cruz.
A pesquisa, divulgada
na semana passada, revela que há, no Brasil, 370 mil usuários regulares de
crack.
Desse total, a
maior parte, cerca de 148 mil consumidores, está na região Nordeste.
A disseminação do crack, que se
caracteriza por ser uma droga barata, de fácil acesso e com poder de destruição
moral e físico impressionantes, foi tema do discurso feito pelo segundo
vice-presidente da Câmara dos Deputados.
Fábio Faria
(PSD/RN) que, desde 2009 preside a Frente Parlamentar Mista de Combate ao
Crack, cobrou do governo federal o investimento prometido no lançamento do
programa “Crack, é possível vencer”.
O governo federal anunciou
investimentos de mais de 4 bilhões de reais para garantir uma rede de
assistência capaz de atender viciados em crack, mas depois do lançamento quase
nada foi feito”, alertou o parlamentar.
O programa “Crack
é preciso vencer” previa ações de 2012 a 2014, mas até agora, apenas um terço
do total anunciado foi investido.
Fábio Faria usou como exemplo a
parceria que deveria ser firmada entre o governo federal e comunidades
terapêuticas, mantidas por instituições sem fins lucrativos, como igrejas e
associações.
Para ampliar a
rede de acolhimento, o governo federal reservou cerca de R$ 132 milhões para
serem investidos em 2012, mas nada foi repassado a essas entidades a fim de
subsidiar os custos com os internos.
Em 2013, o quadro
se repete com apenas 21% dos recursos empenhados e apenas 0,02% de fato
repassados.
O deputado também lembrou que o
trabalho realizado pela Frente Parlamentar e pela Comissão Especial, criada
para estudar esse tema, constatou que o combate efetivo as drogas depende de
uma ação integrada que vá da repressão ao atendimento e reinserção social do
dependente químico.
O trabalho ainda
revelou que o Brasil não tinha política, nem projeto para combater o avanço das
drogas.
Fábio Faria
reforçou que o programa “Crack, é Preciso Vencer” é uma importante iniciativa e
não pode cair em descrédito.
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