A Justiça do Rio Grande do Norte iniciou nesta terça-feira 19 os interrogatórios dos acusados pelas mortes de 27 presos durante a rebelião de janeiro de 2017 no Complexo Penitenciário de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na Grande Natal.
Conhecida como Massacre de Alcaçuz, a rebelião foi
considerada a mais violenta da história do estado.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), 15 pessoas respondem pelo crime. Um dos
acusados está foragido e os demais começaram a ser ouvidos em audiência de
instrução no TJRN. As sessões são conduzidas pela Unidade Judiciária de Delitos
de Organizações Criminosas da Comarca de Natal (Ujudocrim).
Segundo o TJRN, a expectativa é ouvir os 14 réus presentes e uma
testemunha de defesa até o fim desta semana.
O processo corre em segredo de Justiça, e por isso os nomes dos acusados
não foram divulgados.
As audiências de instrução — que definem se os acusados irão a júri
popular — tiveram início em abril deste ano, mas foram suspensas por questões
técnicas. Em junho, o processo foi retomado.
No total, o processo indicou 36 testemunhas: 35 apresentadas pelo
Ministério Público e uma pela defesa. Até agora, sete pessoas foram ouvidas e
28 dispensadas.
Massacre
de Alcaçuz
A rebelião, considerada a mais violenta da história do sistema
penitenciário potiguar, terminou oficialmente com 26 presos mortos. O número de
vítimas, no entanto, pode ser maior, segundo familiares e sobreviventes.
Corpos foram encontrados em condições de extrema brutalidade. Além das
mortes, presos desapareceram e parte da estrutura do presídio foi destruída.
Com capacidade para 620 internos, a Penitenciária Estadual de Alcaçuz abrigava cerca de 1,2 mil presos no dia do massacre.

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