quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Justiça ouve acusados pelas mortes no Massacre de Alcaçuz em audiência no RN

A Justiça do Rio Grande do Norte iniciou nesta terça-feira 19 os interrogatórios dos acusados pelas mortes de 27 presos durante a rebelião de janeiro de 2017 no Complexo Penitenciário de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na Grande Natal.

Conhecida como Massacre de Alcaçuz, a rebelião foi considerada a mais violenta da história do estado.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), 15 pessoas respondem pelo crime. Um dos acusados está foragido e os demais começaram a ser ouvidos em audiência de instrução no TJRN. As sessões são conduzidas pela Unidade Judiciária de Delitos de Organizações Criminosas da Comarca de Natal (Ujudocrim).

Segundo o TJRN, a expectativa é ouvir os 14 réus presentes e uma testemunha de defesa até o fim desta semana.

O processo corre em segredo de Justiça, e por isso os nomes dos acusados não foram divulgados.

As audiências de instrução — que definem se os acusados irão a júri popular — tiveram início em abril deste ano, mas foram suspensas por questões técnicas. Em junho, o processo foi retomado.

No total, o processo indicou 36 testemunhas: 35 apresentadas pelo Ministério Público e uma pela defesa. Até agora, sete pessoas foram ouvidas e 28 dispensadas.

Massacre de Alcaçuz

A rebelião, considerada a mais violenta da história do sistema penitenciário potiguar, terminou oficialmente com 26 presos mortos. O número de vítimas, no entanto, pode ser maior, segundo familiares e sobreviventes.

Corpos foram encontrados em condições de extrema brutalidade. Além das mortes, presos desapareceram e parte da estrutura do presídio foi destruída.

Com capacidade para 620 internos, a Penitenciária Estadual de Alcaçuz abrigava cerca de 1,2 mil presos no dia do massacre.  


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