A menos três dias da proibição de empresas de bets que não pediram autorização para operar no Brasil, o governo ainda não sabe a extensão da medida.
A existência de sites fraudulentos que mudam constantemente de endereço
e o uso de diversas marcas por uma mesma empresa dificultam a contagem de
quantas companhias de apostas eletrônicas atuam no Brasil.
A constatação é do secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da
Fazenda, Regis Dudena.
Segundo ele, o governo só saberá com clareza o número de companhias de
apostas online após a regulamentação, que entrará em vigor em janeiro.
Isso porque, após essa data, somente as empresas aprovadas pelo
Ministério da Fazenda poderão operar no país, cada uma podendo explorar até
três marcas.
“Há várias dificuldades para fazer a contagem. Uma é a diferença entre
empresas e marcas, já que uma empresa pode operar mais de uma marca.
Existe uma segunda coisa, que é uma empresa que se utiliza das apostas
para fraude. Ela abre um domínio, começa a prestar aquele serviço fraudulento e
vai migrando.
Segundo Dudena, é difícil para o governo, neste momento, ter clareza
sobre o que são empresas de fato e estelionatários que se aproveitam das
apostas para cometerem fraude.
“No nosso banco de dados aqui, temos algumas centenas de sites que a
gente localizou. Agora, ter certeza se isso são poucos grupos que operam muitos
[sites], isso a gente não tem 100% clareza.
O que nos cabe? Derrubar esses sites se eles não forem legalizados,
independentemente se são do mesmo grupo ou não”, justifica.
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