sábado, 3 de agosto de 2024

Número de “gatos” de água dispara no Rio Grande do Norte

No primeiro semestre deste ano a Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern) identificou e recuperou o furto de 1.206.270 m³ de água em toda a rede, um volume suficiente para abastecer, durante seis meses, municípios como João Câmara, com uma população de 33 mil habitantes.

De acordo com a Caern, os desvios registrados nos primeiros seis meses de 2024 superam o volume de todo o ano de 2023 (com 848.000 m³ furtados) em 42,2% e causaram prejuízos da ordem de R$ 5 milhões.

Os desvios acontecem, principalmente, através da própria tubulação (esquema chamado de “bypass”) ou por meio de ligações clandestinas, como a registrada na na adutora Jerônimo Rosado, em julho.

A ligação detectada furtava 20 mil litros de água por hora. A Jerônimo Rosado atende Serra do Mel, parte da zona urbana de Mossoró e comunidades rurais mossoroenses.

A intervenção foi identificada no último dia 15 de julho, às margens da BR-304, próximo à entrada da cidade de Paraú.

Foram encontrados canos irregulares conectados ao sistema de abastecimento. O cano foi instalado direto na ventosa e nele havia oito tubos conectados de menor diâmetro.

Segundo a Caern, é possível que a partir destes oito canos menores possam ser feitas outras inúmeras derivações para atender diferentes locais.

As ventosas são equipamentos que existem ao longo da adutora para retirar o ar do sistema e necessários para o funcionamento correto do envio de água.

A Companhia de Águas alerta que furto de água é crime e que o maior prejuízo é a redução do abastecimento para a população. “Os furtos geram um déficit e desequilíbrio no sistema de abastecimento”, disse a Caern. 



 

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