No primeiro semestre deste ano a Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern) identificou e recuperou o furto de 1.206.270 m³ de água em toda a rede, um volume suficiente para abastecer, durante seis meses, municípios como João Câmara, com uma população de 33 mil habitantes.
De acordo com a Caern, os desvios registrados nos primeiros seis meses
de 2024 superam o volume de todo o ano de 2023 (com 848.000 m³ furtados) em
42,2% e causaram prejuízos da ordem de R$ 5 milhões.
Os desvios acontecem, principalmente, através da própria tubulação
(esquema chamado de “bypass”) ou por meio de ligações clandestinas, como a
registrada na na adutora Jerônimo Rosado, em julho.
A ligação detectada furtava 20 mil litros de água por hora. A Jerônimo
Rosado atende Serra do Mel, parte da zona urbana de Mossoró e comunidades
rurais mossoroenses.
A intervenção foi identificada no último dia 15 de julho, às margens da
BR-304, próximo à entrada da cidade de Paraú.
Foram encontrados canos irregulares conectados ao sistema de
abastecimento. O cano foi instalado direto na ventosa e nele havia oito tubos
conectados de menor diâmetro.
Segundo a Caern, é possível que a partir destes oito canos menores
possam ser feitas outras inúmeras derivações para atender diferentes locais.
As ventosas são equipamentos que existem ao longo da adutora para
retirar o ar do sistema e necessários para o funcionamento correto do envio de
água.
A Companhia de Águas alerta que furto de água é crime e que o maior
prejuízo é a redução do abastecimento para a população. “Os furtos geram um
déficit e desequilíbrio no sistema de abastecimento”, disse a Caern.
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