A Assembleia Legislativa do
Rio Grande do Norte aprovou, nesta terça-feira (27), o projeto de ajuste fiscal
proposto pelo Governo do Estado.
A proposta prevê reajuste
das alíquotas de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS),
Imposto de Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e Imposto sobre
Transmissão de Causa Mortis e Doação (ITCMD).
De acordo com o governo, o
ajuste vai assegurar acréscimo de receita no montante de R$ 217 milhões para o
estado e R$ 85 milhões para os municípios durante o ano de 2016. A votação acabou com 16 votos
a favor e 5 contra as propostas de reajuste fiscal.
Os deputados estaduais
rejeitaram a emenda que limitava a vigência das novas alíquotas. Pela emenda,
aprovada nas comissões antes da matéria chegar ao Plenário, o aumento do ICMS,
IPVA e do ITCMD teria prazo de vigência de 48 meses.
Votaram a favor os deputados
Albert Dickson (Pros); Alvaro dias (PMDB); Carlos Augusto Maia (PtdoB);
Cristiane Dantas (PCdoB); Dison Lisboa (PSD); Galeno Torquato (PSD); Gustavo
Carvalho (Pros); José Dias (PSD); Nelter Queiroz (PMDB); Raimundo
Fernandes (Pros); Ricardo Motta (Pros); Souza Neto (PHS); Tomba Farias (PSB) e
Vivaldo Costa (Pros). O líder do governo, Fernando Mineiro (PT) e o presidente
da Assembleia Ezequiel Ferreira (PMDB).
Na votação, apenas os
deputados Hermano Morais (PMDB), Kelps Lima (SDD), Márcia Maia (PSB), George
Soares (PR) e Getúlio Rêgo (DEM) foram contrários ao aumento dos impostos.
Durante a discussão da
matéria, os deputados que se posicionaram contra ponderaram sobre as
dificuldades que a população está enfrentando e sugeriram ao governo cortar
custos.
As emendas que tratavam da
temporalidade, uma dando prazo de 24 meses e outra de 48 meses para a vigência
do aumento foram rejeitadas.
Com relação ao ICMS, o
primeiro projeto levado à votação, foi feito um substitutivo ao projeto
original.
Na matéria levada a plenário,
a nova alíquota para mercadorias, bens e serviços é de 18%. Outras principais alterações
foram a de combustíveis, passando de 25 para 27%, telecomunicações para 28%.
Nesse projeto do ICMS foi
encartada uma emenda de autoria do deputado Gustavo Carvalho (PROS), subscrita
por 16 deputados, dando nova redação ao artigo 17, visto que o RN tem hoje a
terceira maior taxação de armas e munições.
O ITCMD
(Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação) foi votado com as emendas
apresentadas ainda durante sua passagem pela Comissão de Finanças e
Fiscalização (CFF).
O projeto
original do Governo só continha dois níveis de escalonamento e a comissão
alterou para quatro níveis, variando de 3% a 6%: 3% para valores até R$ 500
mil; 4% para valores entre R$ 500 mil e 1 milhão; 5% para valores entre R$ 1 e
3 milhões e 6% para os valores acima de R$ 6 milhões.
Com relação ao IPVA (Projeto
de Lei 190/15), a alíquota foi alterada em 0,5%, passando de 2,5% para 3%, no
tocante a automóveis, caminhonetes, micro-ônibus e embarcações recreativas.
Não foram modificadas as
alíquotas para outras categorias de automóveis: ônibus, caminhões, cavalos
mecânicos, veículos de locação e motos de até 200 cilindradas.
Antes de
chegar a plenário o projeto relativo ao IPVA teve votação final na Comissão de
Administração, Serviços Públicos e Trabalho.
Nesse
projeto, foi encartada emenda do deputado Dison Lisboa (PSD) que permite o
parcelamento do importo em cinco prestações.
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