A seca no Rio Grande do Norte tende a se intensificar entre os meses de
setembro e outubro, segundo alerta o meteorologista da Empresa de Pesquisa
Agropecuária do RN (Emparn), Gilmar Bristot.
Ele explica que, nesse período, as temperaturas aumentam, a evaporação
se intensifica e praticamente não há registros de chuvas.
O cenário é preocupante porque o RN já enfrenta um quadro de estiagem.
De acordo com o Monitor de Secas, divulgado pela Agência Nacional de
Águas (ANA) e parceiros, em julho, 96,4% dos municípios potiguares estavam sob
algum nível de seca.
Destes, 36,54% sofrem com seca grave, como Caicó, Pau dos Ferros e
Acari, e 43,11% enfrentam seca moderada, incluindo Mossoró, Assú e João Câmara.
Segundo Gilmar Bristot, a situação impacta diretamente o homem do campo.
“O rebanho vai ter que buscar alternativa para alimentação e a questão do uso
da água.
Tudo isso implica com a pouca chuva que nós tivemos no período chuvoso
de fevereiro a maio no interior do estado”, explicou. Ele destacou que regiões
como o Seridó e o Alto Oeste já apresentam os efeitos da estiagem, que agora se
espalha para o Vale do Açu, Agreste e até municípios do litoral.
Medidas emergenciais
Entre as medidas emergenciais, o governo estadual já estuda decretar
estado de emergência em algumas regiões, a fim de garantir ações rápidas de
apoio a agricultores e pecuaristas.
Bristot lembra que, em algumas localidades, a transposição do Rio São
Francisco e a construção de adutoras têm amenizado os impactos, mas em grande
parte do interior “continua aquele velho drama do carro-pipa para distribuir
água para as comunidades rurais”.


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