No mesmo período de 2024, foram 12 mortes. Em todo o Brasil, o número
chegou a 1.492 feminicídios no último ano — a maior marca desde 2015, segundo o
Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025.
Mais de 60% dessas mortes ocorrem dentro da casa da vítima. A maioria
das mulheres assassinadas era negra (63,6%) e tinha entre 18 e 44 anos (70,5%).
Em 80% dos casos, o autor era o companheiro ou ex-companheiro.
Um caso que quase ampliou essa estatística foi o de Juliana Soares, de 35 anos, espancada com 61 socos dentro de um elevador
por seu namorado, Igor Eduardo Cabral, de 29 anos, no dia 26 de julho, em Natal.
Ele foi preso em flagrante e vai responder por tentativa de feminicídio.
No Rio Grande do Norte, a pesquisadora e advogada Dalvaci Neves, da organização Quilombo, alerta que mais de mil mulheres foram vítimas de feminicídio no estado entre 2013 e 2023, sendo 80% delas negras.
Ela denuncia que apenas 12 delegacias especializadas funcionam em mais de 160 municípios. “Há muitas mulheres no interior sem acesso para fazerem denúncia”, afirma.


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