O grupo atuou entre 2013 e 2021 e obteve mais de R$ 4 milhões em
benefícios ilegais. As investigações também evitaram cerca de R$ 20 milhões em
prejuízo adicional.
De acordo com a denúncia, os criminosos “atuaram de forma coordenada,
integrada e estável, utilizando-se de mecanismos fraudulentos sofisticados, em
associação com outros membros, com o objetivo de lesar reiteradamente o INSS”.
Eles apresentavam documentos públicos falsificados — certidões de
nascimento, documentos de identidade e cadastros de CPF — para simular a
existência de pessoas fictícias e requerer benefícios em seus nomes.
No Rio Grande do Norte, os pedidos foram feitos em agências do INSS em
Natal, Parnamirim, Touros, Apodi, Ceará-Mirim e Santa Cruz.
Um dos denunciados usou dezenas de identidades falsas e causou prejuízo
de R$ 857.422,97.
A Polícia Federal identificou uso repetido de endereços IP para submeter
os pedidos.
Os outros dois denunciados, um casal, tiveram atuação central.
A mulher era responsável pela obtenção e confecção dos documentos
falsificados em nome de pelo menos 21 pessoas fictícias, gerando um prejuízo
estimado em R$ 1.720.914,18.
O companheiro atuava como procurador das identidades fictícias e causou
prejuízo equivalente ao da mulher.
O MPF pede a condenação dos três pelos crimes de falsidade ideológica,
estelionato agravado por ser contra órgão público e organização criminosa.
Também solicita reparação de R$ 4,35 milhões.
As investigações identificaram padrões semelhantes aos da Operação
Garoa, da Polícia Federal em Pernambuco, incluindo emissão de CPFs com datas
coincidentes ao início dos benefícios, declaração de grupo familiar composto
por uma pessoa e repetição de telefones e endereços com pequenas variações.


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