As doações de pessoas físicas nas eleições de 2024 encolheram quase R$ 50 milhões em relação à disputa de 2020 pelas prefeituras e câmaras municipais há quatro anos.
Os dados são da
plataforma DivulgaCandContas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que indicam
um aporte de R$ 1,14 bilhão neste ano.
Os números mostram
ainda que os candidatos também investiram menos nas próprias candidaturas.
Além de doações de
pessoas físicas, as campanhas são financiadas com recursos do Fundo Eleitoral e
do Fundo Partidário, abastecidos com verba pública. Não é permitido doações de
empresas.
O quadro ainda pode
mudar, uma vez que o prazo para a prestação final de contas do primeiro turno
pelos partidos termina na próxima terça-feira (5) e a do segundo turno, no dia
16. Mas a tendência é de retração no aporte financeiro das pessoas físicas.
Em 2020, foram R$ 1,19
bilhão. As cifras deste ano só superam as das eleições gerais de 2022 (R$ 930
milhões), quando menos cargos estão em disputa – neste ano, os brasileiros
votaram em duas candidaturas em cada um dos 5.569 municípios em disputa.
Apesar do viés de
queda, há exceções que chamam atenção nos dados do TSE e podem ter inclusive
distorcido o quadro geral.
O maior doador na
eleição de 2020, por exemplo, multiplicou por sete os valores repassados neste
ano: Rubens Ometto, presidente da Cosan, gastou R$ 18,7 milhões – valor muito
acima dos R$ 2,6 milhões doados há quatro anos.
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