No primeiro turno das eleições deste ano, de âmbito municipal, o clima de competitividade e inimizade observado no período pré-campanha piorou.
De 16 de agosto a 6 de outubro, data em que os brasileiros foram às
urnas, o Brasil registrou 373 casos de violência política contra candidatos e
políticos em exercício.
Esses são dados da 3ª edição da pesquisa “Violência Política e
Eleitoral no Brasil”, elaborada pelas organizações sociais Terra de Direitos e
Justiça Global.
O que foi apurado é um complemento ao divulgado pelas entidades na
semana passada, que apontava 145
ocorrências no período que antecede a campanha eleitoral, de janeiro a 15 de
agosto, e uma média de 1,5 caso por dia. Com 518 ocorrências, o ano
de 2024 se destaca como o mais violento da série histórica.
No primeiro turno do pleito deste ano, foram identificados 10
assassinatos, 100 atentados, 138 ameaças, 54 agressões, 51 ofensas, 13
criminalizações e sete invasões.
A média foi de sete vítimas por dia. Já no primeiro turno de 2022, foram
registrados aproximadamente 2 casos de violência política por dia.
Os números também mostram que o pico de casos aconteceu na véspera das
eleições. De 1º a 6 de outubro, foram notificados 99 casos, o que corresponde a
16 ocorrências por dia ou uma a cada 1h30. Em relação aos locais onde os casos
ocorreram, o maior número de ocorrências foi no estado de São Paulo, com
14 casos.
Em 2022, o 1º turno das eleições gerais registrou um assassinato, enquanto em
2024 foram 10 ocorrências no mesmo período. Dos 24 casos de assassinatos
registrados em 2024, mais de 40% dos assassinatos aconteceram durante o período
eleitoral.
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