quarta-feira, 11 de setembro de 2024

PM acusado de matar personal após briga de trânsito em Natal irá a júri popular

A Justiça decidiu que o policial militar Ronaldo Cabral Torres, acusado de matar o personal trainer Paulo Henrique Araújo Silva após uma briga de trânsito em Natal, deverá ser julgado perante o tribunal do júri.

A pronúncia do réu foi feita pelo juiz José Armando Ponte Dias Júnior, em decisão assinada no dia 4 deste mês. O magistrado concedeu ao policial o direito de recorrer em liberdade, tal como já se encontra.

Paulo Henrique foi morto no dia 29 de abril de 2022, após uma discussão de trânsito em Natal. Segundo denúncia do Ministério Público (MPRN), a vítima foi morta com um tiro no rosto após uma discussão no trânsito, na Ponte de Igapó, e ser perseguido pelo algoz até o bairro Nordeste, na zona Oeste da capital potiguar.

No local, o personal caiu da moto que conduzia após uma colisão traseira provocada pelo carro dirigido pelo policial – momento que precedeu o disparo.

Em interrogatório judicial, o acusado afirmou que matou a vítima em legítima defesa, uma vez que Paulo Henrique, após ter sua moto atingida pelo veículo que conduzia, teria partido para cima dele de maneira muito agressiva, agindo como se estivesse portando alguma arma, chegando a atingir o vidro do seu carro com golpes de capacete.

A mulher do réu, que também é policial militar e estava com ele no carro, prestou o mesmo relato.

A namorada de Paulo Henrique, que estava como garupa na moto, relatou que ele não teria tentado agredir o réu. Ela disse que a vítima, ao se levantar do solo, foi em direção ao réu e tirou o capacete, sendo imediatamente alvejada por disparos efetuados pelo policial.

Na sentença de pronuncia, que encaminha o acusado para perante a júri popular, o juiz impronunciou a mulher do policial, que tinha denunciada por ter dado cobertura ao companheiro.

O magistrado apontou que não há indícios suficientes nos autos de que tenha ela contribuído para a morte da vítima, tendo o próprio MP requerido a sua impronúncia. Na decisão, ainda não foi marcada data para o julgamento.

Fonte: Tribuna do Norte 

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