A continuidade da isenção de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para quem ganha até dois salários mínimos exigirá compensações, como corte de gastos ou aumento de outros tributos.
O projeto de lei do Orçamento de 2025, enviado ao Congresso Nacional na sexta-feira (30), não prevê o reajuste
na tabela.
“Não está previsto no Orçamento. Mantendo a faixa de isenção de dois
salários mínimos, será preciso medida compensatória para isso”, disse o
secretário da Receita Federal, Robison Barreirinhas.
Atualmente, não pagam IRPF os trabalhadores com carteira assinada que
ganham até dois salários mínimos (R$ 2.824 em valores atuais).
Oficialmente, o limite máximo da alíquota zero está fixado em R$
2.259,20. No entanto, para garantir a isenção para a faixa de dois salários
mínimos, há um desconto simplificado de R$ 564,80 da renda sobre a qual deveria
incidir o imposto.
Esse desconto corresponde à diferença entre os dois valores: limite de
isenção e dois salários mínimos.
Esse desconto simplificado é opcional. Para quem tem direito a deduções
maiores pela legislação atual, como dependentes, pensão alimentícia, gastos com
educação e saúde, nada muda.
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