O resultado do trabalho do Laboratório de Genética Forense e do Núcleo
de Antropologia e Arqueologia Forense foi divulgado pelo órgão nesta
quinta-feira (14).
Em agosto de 2016, Júlio Lins da Silveira Sobrinho saiu de Natal para
subir o Pico do Cabugi, em Angicos, a fim de pagar uma promessa, segundo a
família. Desde então ele não foi mais visto.
O pico é uma formação geológica que se eleva a mais de 500 metros de
altura acima do nível da planície da região, localizada entre os municípios
de Fernando Pedroza e Angicos.
Ossada
encontrada em 2020
Em 2020, os peritos do órgão realizaram uma subida ao Pico e conseguiram
encontrar restos humanos em uma área de difícil acesso. Segundo o Itep, a
equipe realizou a coleta dos vestígios com auxílio de um drone.
Desde então, se iniciou o processo para identificação da ossada. Com a
impossibilidade de confirmação por impressões digitais e arcada dentária, o
único meio foi o DNA.
“A ossada estava em um avançado estado de degradação, o que comprometeu
os resultados das análises de DNA e consequentemente a identificação”, destacou
Fabrício Fernandes, perito oficial e chefe do Laboratório de Genética Forense
do Itep.
Confirmação
levou três anos
De acordo com o profissional, inúmeras amostras foram examinadas
durante esse tempo, com cada uma levando de 20 a 30 dias para ser totalmente
analisada. E, após mais de três anos, houve a confirmação.
“Foi um caso muito complexo. Mas depois de muita dedicação de toda a
equipe, conseguimos um perfil genético completo. Comparamos com o DNA obtido do
filho e concluímos o vínculo de paternidade. A ossada é do senhor Júlio Lins da
Silveira Sobrinho”, afirmou.
g1-RN
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