De acordo com relatório, divulgado nesta terça-feira (26) pelo órgão, os
equipamentos responsáveis pelo controle de tensão funcionaram abaixo do ideal.
“A análise da perturbação permitiu constatar que o desempenho dos
controles em campo, de usinas eólicas e solares, em especial no que tange à
capacidade de suporte dinâmico de potência reativa, foi muito aquém dos modelos
matemáticos fornecidos pelos agentes e representados na base de dados oficial
de transitórios eletromecânicos”, diz o relatório do ONS divulgado nesta
terça-feira (26).
O operador informa que a diferença entre o desempenho dos equipamentos e
as simulações “não permitiu ao ONS identificar os riscos relacionados ao
cenário operativo pré-distúrbio”, que provocou a queda de energia.
Com a divulgação do documento, chamado de Relatório de Análise de
Perturbação (RAP), agentes do sistema elétrico poderão manifestar-se. O
relatório será finalizado até o dia 17 de outubro.
Relembre
o caso
O blecaute afetou 25 estados e o Distrito Federal. A interrupção começou
às 8h30 do dia 15 de agosto, com queda no fornecimento de 19 mil megawatts,
cerca de 27% da carga total (73 mil MW) naquele horário.
Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste o serviço foi restabelecido quase que integralmente em menos de uma hora. Já na Região Nordeste, a recuperação demorou mais. Foram necessárias três horas para restabelecer apenas 70% da carga afetada. O impacto foi ainda maior na Região Norte, com recuperação da carga em cerca de sete horas.
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