A contratação emergencial se dá por conta de um dívida acumulada do
estado com a antiga fornecedora - entre os meses de janeiro e abril - e que
culminou com cerca de 275 presos que avançaram para o regime semiaberto sem o
uso da tornozeleira por conta da falta do equipamento. O problema ocorre desde
março.
Os equipamentos chegaram ao RN na sexta-feira passada. Caso garantam
qualidade nos testes, as tornozeleiras eletrônicas serão compradas de forma
emergencial pelos próximos seis meses.
"Esse período de teste varia um pouco, mas vai depender um pouco da
segurança da equipe técnica que a empresa conseguir demonstrar. Se conseguir
nos primeiros dias, isso se dá de maneira mais rápida. A partir do momento que
ela se habilite tecnicamente, aí nós vamos contratar com a empresa. Aí o
contrato prevê o prazo que a empresa deve entregar os equipamentos",
explicou o titular da Seap, Helton Edi Xavier.
Atualmente, segundo o governo, a dívida com a empresa que gere as
tornozeleiras no RN está em cerca de R$ 2 milhões e está sendo negociada.
Por conta da ausência de tornozeleiras para os novos presos que
progridem para o regime semiaberto, o Ministério Público recomendou o governo
do RN a fazer a contratação emergencial. O estado fez uma segunda chamada
pública após a primeira não ter atraído nenhuma empresa. "Por isso essa
demora, e só agora que estão começando os testes", explicou o secretário.
A contratação emergencial não substitui o contrato anterior e as duas
empresas atuariam com o fornecimento neste período.
Após seis meses, será lançado um novo edital de licitação pública para
contratação de um novo equipamento - não mais de forma emergencial -, segundo a
Seap.
"É uma contratação emergencial para suprir a carência, para que não
haja descontinuidade na prestação do serviço. É uma contratação que perdura por
seis meses, que é exatamente o período que a gente precisa pra gente fazer uma
licitação definitiva", explicou Helton Edi Xavier.
Atualmente, cerca de 3 mil presos são acompanhandos pela central de
monitoramento eletrônico do estado. Com os que saíram sem a tornozeleira, a
Seap disse que intensificou a fiscalização presencial nos horários de
recolhimento domiciliar.
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