O ministro não informou a data de lançamento. Segundo ele, a data
dependerá da agenda do presidente Lula e da superação de entraves burocráticos,
como pareceres da Receita Federal e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
Ele, no entanto, adiantou que espera que a Casa Civil conclua a análise da
medida provisória na segunda-feira (5).
Haddad apenas disse que o programa durará “em torno de quatro
meses” e explicou que a redução temporária de impostos não trará
impacto para os cofres públicos porque a fonte de financiamento está definida.
“Nós fechamos um entendimento. Ficou um desenho bom para o MDIC
[Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços], bom para a
Fazenda. Os dois ministérios estão muito bem contemplados”, disse Haddad ao
retornar do Planalto. De acordo com ele, o pacote vigorará até que os juros
comecem a cair no Brasil.
“Essa é uma questão limitada aos próximos meses para que não haja
demissões. Sobretudo há uma preocupação muito grande com o emprego na indústria
automobilística e em toda a cadeia [produtiva]. É uma coisa temporária, com
valor definido e tempo definido”, explicou o ministro.
Segundo Haddad, Lula validou a fonte de recursos para financiar o programa. De acordo com ele, o impacto final da renúncia de impostos será inferior aos R$ 2 bilhões inicialmente anunciados e será integralmente compensado. “O impacto não só não chega aos R$ 2 bilhões como está mais compensado pelas medidas que levei ao presidente da República”, declarou.
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