O número de pessoas nessa situação aumentou 14,9% em relação a 2021,
quando havia 11,2 milhões de trabalhadores sem carteira assinada. Os dados
foram divulgados nesta terça-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE).
Os trabalhadores por conta própria - formais ou informais - somaram 25,5
milhões no ano, altas de 2,6% em relação ao ano anterior e de 27,3% na comparação
com 2012 - o menor patamar da série histórica.
A informalidade também atingiu um recorde em números absolutos: 38,8
milhões de trabalhadores. A pesquisadora do IBGE Adriana Beringuy disse que,
mesmo assim, o mercado de trabalho em 2022 pode ser visto de forma positiva.
A população ocupada, por exemplo, atingiu recorde de 98 milhões de
pessoas, e a taxa de desocupação ficou em 9,3%, o menor índice desde 2015. Os
trabalhadores com carteira assinada também aumentaram em relação a 2021, apesar
de em proporção menor àqueles sem carteira (9,2%). Cerca de 35,9 milhões de
pessoas estavam nessa situação em 2022.
A própria taxa de informalidade, que é o percentual de informais dentro
da população ocupada, caiu de 40,1% em 2021 para 39,6% em 2022.
“Diversas atividades ultrapassaram seu nível de ocupação pré-pandemia. É
um ano de consolidação da recuperação do impacto que a pandemia da covid teve
no mercado de trabalho brasileiro e mundial”, disse Adriana Beringuy.
“Algumas questões ainda temos que monitorar, como a população fora da
força de trabalho, que ainda não conseguiu voltar ao nível pré-pandemia”,
acrescentou.
O número médio anual de trabalhadores domésticos atingiu 5,8 milhões, um
crescimento de 12,2% em relação ao ano anterior.
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