A Petrobras aumentará o preço da gasolina em suas refinarias em 4% em média a partir desta quinta-feira (26), enquanto o diesel terá elevação de 5%, informou a companhia, em movimento que leva as cotações dos combustíveis ao maior nível em três meses.
O aumento é o segundo
aplicado pela estatal em novembro para os dois combustíveis, após reajuste
realizado no dia 12, quando subiu o valor da gasolina em 6% e o do diesel em
5%.
Com o novo reajuste, o
preço médio da gasolina nas refinarias da petroleira passa a ser de R$
1,8237 por litro, segundo dados da Petrobras compilados pela Reuters,
enquanto o litro do diesel passa a custar em média R$ 1,7304.
Ambos alcançam o maior
nível desde o final de agosto. No acumulado de 2020, a cotação da gasolina ainda
apura queda de cerca de 4,9%, e a do diesel registra baixa de 26,1%.
Durante o ano, porém,
o litro da gasolina nas refinarias chegou a custar menos de R$ 1 e o do diesel
caiu a cerca de R$ 1,30. As mínimas foram vistas entre abril e maio, quando as
medidas de restrição por causa da pandemia do novo coronavírus atingiram seu
ápice no Brasil.
O novo reajuste para
cima ocorre em meio à firme alta nos preços do petróleo no mercado
internacional, que têm sido impulsionados pelas expectativas de uma vacina contra
a Covid-19 e por perspectivas de uma transição de governo mais tranquila nos
Estados Unidos.
A Petrobras defende
que seus preços levam em conta a chamada paridade de importação, impactada por
fatores como as cotações internacionais do petróleo e o câmbio.
Nesta quarta, o
petróleo Brent subia 1,15%, a 48,41 dólares por barril, às 14:30 (horário de
Brasília), maior valor desde março. Já o dólar operava em queda de cerca de
0,9%, negociado em torno de R$ 5,33.
Apesar da nova alta
anunciada pela Petrobras, a Associação Brasileira dos Importadores de
Combustíveis (Abicom) ainda vê defasagem para as importações dos produtos,
segundo o presidente da entidade, Sergio Araujo.
Pelos dados da Abicom,
para acompanhar a variação da paridade do diesel a perspectiva de reajuste
seria de R$ 0,23 por litro, enquanto a defasagem para a gasolina variava entre
R$ 0,24 e R$ 0,15 por litro antes do novo aumento.
O repasse dos
reajustes nas refinarias aos consumidores finais nos postos não é garantido e
depende de uma série de questões, como margem da distribuição e revenda,
impostos e adição obrigatória de etanol anidro e biodiesel.
CNN Brasil
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