A Polícia Federal cumpre três mandados de
busca e apreensão em Natal e Fortaleza (CE) dentro de uma operação de combate a
usurpação de minério, lavagem de dinheiro e crimes ambientais, na manhã desta sexta-feira
(26). De acordo com as investigações, o minério extraído ilegalmente estava
sendo usado na construção de parques eólicos no RN.
De acordo com a Operação Siroco, as
diligências vincularam empresas de grande porte a 13 áreas exploradas indevidamente
entre os anos de 2012 e 2016. A partir de métodos de inteligência geoespacial,
os alvos foram separados por modelagem em sistema de informação geográfica, com
utilização de imagens de satélite da NASA.
A área de solo degradado analisada nesta
operação chega a 800.000 m², o que equivale a cerca de 100 campos de futebol. A
investigação analisou ainda 17 mil notas fiscais e 800 mil transações
financeiras, o que corresponde ao total de R$ 9 bilhões em pagamentos da
extração indevida. O cumprimento dos mandados desta sexta-feira tem o objetivo
de identificar todas as pessoas envolvidas no esquema criminoso.
A PF analisou os dados coletados na modelagem
dos locais suspeitos de extração ilegal de minério e concluiu que havia
"fortes indícios de que as empresas suspeitas estariam retirando minério,
principalmente saibro e areia, de forma criminosa e utilizando esse minério na
terraplenagem e na pavimentação de vias de acesso de complexos eólicos" no
RN.
Além da usurpação mineral, os agentes constataram ainda
que com a extração irregular, a vegetação e a camada superficial do solo foram
danificadas, inviabilizando a recuperação natural do ambiente. As áreas
degradadas ficam próximas de parques eólicos, que eram os destinos do minério
ilegal.
Em relação ao crime de lavagem de dinheiro,
segundo a PF existe a suspeita de "emissão de notas fiscais
ideologicamente falsas para dissimular a origem criminosa da matéria-prima
extraída, bem da União".
G1 RN

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