Em meio à discussão
sobre a possibilidade de deixar os Estados de fora da reforma da Previdência,
um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta
segunda-feira, 29, projeta que, em 25 anos, o número de policiais militares e bombeiros
aposentados deverá dobrar na soma de todos os Estados, atingindo 500 mil
inativos, se as regras de aposentadoria não forem alteradas.
O instituto lembra que
as despesas estaduais com a folha de pagamento de policiais e bombeiros
militares inativos saltaram quase 100% em pouco mais de uma década.
Para fazer a projeção
para o total de inativos no futuro, os pesquisadores do Ipea levaram em conta
os padrões de aposentadoria conforme os estatutos de cada Polícia Militar (PM)
e Corpo de Bombeiros, a idade dos inativos atuais e as expectativas de
sobrevida calculadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Também consideraram
que a PM e o Corpo de Bombeiros de cada Estado reporiam a vaga de cada policial
aposentado, para efeito das projeções para as próximas décadas.
Fundamentais para a
manutenção da segurança pública, as PMs estão entre os principais gastos dos
governos estaduais – e a folha de aposentados e pensionistas de policiais e
bombeiros canaliza parte importante da receita dos Estados.
Segundo o Ipea, os
Estados gastam, em conjunto, quase R$ 80 bilhões ao ano com a folha de
pagamentos dos policiais militares, equivalente a cerca de 12,5% da receita
corrente líquida (RCL) somada de todos os governos estaduais.
Agência
Estado
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