terça-feira, 30 de abril de 2019

Estados podem ter dobro de PMs inativos em 25 anos se Previdência não mudar

Em meio à discussão sobre a possibilidade de deixar os Estados de fora da reforma da Previdência, um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta segunda-feira, 29, projeta que, em 25 anos, o número de policiais militares e bombeiros aposentados deverá dobrar na soma de todos os Estados, atingindo 500 mil inativos, se as regras de aposentadoria não forem alteradas.

O instituto lembra que as despesas estaduais com a folha de pagamento de policiais e bombeiros militares inativos saltaram quase 100% em pouco mais de uma década.

Para fazer a projeção para o total de inativos no futuro, os pesquisadores do Ipea levaram em conta os padrões de aposentadoria conforme os estatutos de cada Polícia Militar (PM) e Corpo de Bombeiros, a idade dos inativos atuais e as expectativas de sobrevida calculadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Também consideraram que a PM e o Corpo de Bombeiros de cada Estado reporiam a vaga de cada policial aposentado, para efeito das projeções para as próximas décadas.

Fundamentais para a manutenção da segurança pública, as PMs estão entre os principais gastos dos governos estaduais – e a folha de aposentados e pensionistas de policiais e bombeiros canaliza parte importante da receita dos Estados. 

Segundo o Ipea, os Estados gastam, em conjunto, quase R$ 80 bilhões ao ano com a folha de pagamentos dos policiais militares, equivalente a cerca de 12,5% da receita corrente líquida (RCL) somada de todos os governos estaduais.

Agência Estado


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