A organização
criminosa que assaltou a
transportadora de valores Brinks na madrugada do dia 21, no Recife, é ligada ao
Primeiro Comando da Capital (PCC), disse hoje (2) o delegado titular da
Delegacia de Roubos e Furtos da Polícia Civil de Pernambuco, João Gustavo
Godoy, responsável pela investigação, denominada Operação Durga, deflagrada ontem (1º) em Pernambuco, São
Paulo e no Rio Grande do Norte.
A operação cumpre seis mandados de prisão, 17
de busca e apreensão e dois de condução coercitiva. Cinco dos suspeitos foram
detidos, incluindo os principais integrantes da organização em Pernambuco. A
quadrilha tem braços em vários estados.
Um dos suspeitos é um morador de Nova Odessa
(SP) e está foragido. Ele é apontado como a pessoa que estabeleceu a
relação com o PCC. De acordo com Godoy, o homem foi preso em 2008 junto
com o suposto líder da organização. Na época, foram acusados de explodir
um estabelecimento financeiro na região da Mata Sul pernambucana. “Foi quando
começou a parceria dos dois”, informou o delegado.
Entre os presos, estão
dois homens de confiança do suposto líder da quadrilha. Um deles aparece em
imagens de câmeras de segurança que registraram outros roubos, como a explosão
de um caixa eletrônico localizado dentro do Instituto Ricardo Brennandt, no Recife.
Outros dois alvos dos mandados já estavam
presos por outros crimes. Um deles está no Recife, no Centro de Observação
Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), onde foi identificada
negociação de cerca de R$ 50 mil por meio de agiotagem dentro da unidade
prisional. O outro é do Rio Grande do Norte e está preso há três meses. Há
ainda indícios da atuação do grupo em Alagoas.
A polícia estima que
de 12 a 15 pessoas tenham participado do assalto à transportadora Brinks. O
valor roubado permanece indeterminado, mas os investigadores dizem que é menor
do que os R$ 60 milhões que chegou a ser noticiado pela imprensa à época.
“O braço de Pernambuco
foi esfacelado e todo mundo foi preso. A gente ainda tem que avançar para
prender os outros e identificar a estrutura financeira e tentar fazer bloqueios
para impedir a continuidade da organização”, afirmou o delegado responsável
pelo caso.
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