O governo do Rio Grande do Norte afirma que já tem informações sobre
todos os 71 presos de Alcaçuz apontados como ‘desaparecidos’ pelo Mecanismo
Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT) – órgão que funciona em
conjunto com o Ministério dos Direitos Humanos.
No entanto, o Estado não disponibilizou as informações sobre cada um
deles: se foram transferidos, se foram mortos na rebelião ou se fugiram. Passados cinco meses da matança que aconteceu na unidade, o pai de um
ex-lutador de jiu-jitsu que cumpria pena por tráfico de drogas ainda não sabe
onde o filho está.
O relatório, que inclusive foi enviado a órgãos internacionais, foi
produzido em razão das rebeliões que terminaram com 26 detentos mortos e 56
fugitivos.
Dizia o documento: “Como mencionado, há 71 pessoas que constam estar em
Alcaçuz, mas que não estão.
Elas podem ter tido transferência não registrada,
fugas/recapturas não contabilizadas, ou óbitos não reconhecidos […]. É possível
que o número de mortes se aproxime à estimativa inicial, ou seja, 90 mortos”.
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