As
internações decorrentes de acidentes de trânsito custam, ao SUS (Sistema Único
de Saúde), mais de R$ 240 milhões por ano.
E,
apesar de as motocicletas responderem por menos de 30% da frota nacional,
vítimas de ocorrências envolvendo esse tipo de veículo responderam por 54% do
total de internações, o que demandou R$ 126,1 milhões. Os dados se referem ao
ano de 2014 e são os mais recentes do Ministério da Saúde.
Para
o secretário-executivo da pasta, Antônio Nardi, o incremento da frota de
veículos no país interfere diretamente na qualidade de vida da população e,
especialmente, na segurança no trânsito.
E
as consequências negativas disso irradiam sobre serviços públicos e sobre toda
a sociedade. “Isso está provocando mortes prematuras, incapacidade das pessoas
em idade produtiva.
É
um grande impacto, porque, muitas vezes, as vítimas são arrimos de família, o
que gera um problema social, além da sobrecarga nos sistemas de saúde. Nós
temos uma verdadeira epidemia de mortes e de sequelas, com números
assustadores”, ressalta Antônio Nardi.
Um
dos agravantes desse cenário é a prioridade dada ao transporte individual em
detrimento de outros modos, especialmente nas cidades.
De
2010 a 2015, a expansão da frota brasileira foi de 205%. No caso das
motocicletas, a situação é ainda mais crítica: 502%.
Em
contrapartida, o transporte coletivo vem perdendo passageiros ano a ano.
Somente em 2016, a redução na demanda chegou a 10% em comparação com 2015,
conforme a NTU (Associação Nacional de Transportes Urbanos).
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