quinta-feira, 4 de maio de 2017

Acidentes de trânsito custam mais de R$ 240 milhões ao SUS

As internações decorrentes de acidentes de trânsito custam, ao SUS (Sistema Único de Saúde), mais de R$ 240 milhões por ano.

E, apesar de as motocicletas responderem por menos de 30% da frota nacional, vítimas de ocorrências envolvendo esse tipo de veículo responderam por 54% do total de internações, o que demandou R$ 126,1 milhões. Os dados se referem ao ano de 2014 e são os mais recentes do Ministério da Saúde.

Para o secretário-executivo da pasta, Antônio Nardi, o incremento da frota de veículos no país interfere diretamente na qualidade de vida da população e, especialmente, na segurança no trânsito.
E as consequências negativas disso irradiam sobre serviços públicos e sobre toda a sociedade. “Isso está provocando mortes prematuras, incapacidade das pessoas em idade produtiva.

É um grande impacto, porque, muitas vezes, as vítimas são arrimos de família, o que gera um problema social, além da sobrecarga nos sistemas de saúde. Nós temos uma verdadeira epidemia de mortes e de sequelas, com números assustadores”, ressalta Antônio Nardi.

Um dos agravantes desse cenário é a prioridade dada ao transporte individual em detrimento de outros modos, especialmente nas cidades.
De 2010 a 2015, a expansão da frota brasileira foi de 205%. No caso das motocicletas, a situação é ainda mais crítica: 502%.

Em contrapartida, o transporte coletivo vem perdendo passageiros ano a ano. Somente em 2016, a redução na demanda chegou a 10% em comparação com 2015, conforme a NTU (Associação Nacional de Transportes Urbanos).

CNT




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