O grande
número de agressões a médicos, seja verbais ou físicas nas unidades públicas e
privadas, provocadas pela alta demanda de pacientes em espera ou por falta de
insumos está levando insegurança à categoria.
Outro
fator é violência nos locais de trabalho, muitas vezes em localidades onde a
criminalidade é um fator de risco cada dia maior.
A
insegurança no exercício da profissão médica foi discutida em uma reunião
convocada pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte – CREMERN, na
sede do Conselho, em Natal, com representantes do CREMERN, Dr. Marcos Lima de
Freiras, presidente, e o assessor jurídico Klevelando Santos, do Sindicato dos
Médicos do RN, Dra. Mônica Campos e da Associação Médica do RN, Dr. José
Rosendo, além de representantes de hospitais públicos e privados, unidades de
saúde e clínicas.
O
objetivo maior da reunião, de acordo com o presidente do CREMERN, Marcos Lima
de Freitas, é ouvir denúncias e sugestões para intensificar ações que tragam
mais segurança para a classe medica e para a sociedade.
“O médico
não é responsável pela falência da saúde no País”.
Foi com
essa frase que a representante do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte,
Dra. Mônica Campos, definiu a atual situação que se encontra a classe média
diante da insegurança que vive para exercer a profissão em hospitais e unidades
de saúde da capital e do interior do Estado.
Durante a
reunião foram feitas várias denúncias por médicos que atuam em instituições de
saúde das redes públicas e privadas.
Questões
como: A falta de policiamento, atendimento a pacientes armados, problemas com
usuários de drogas que a família quer manter internado, acusações inverídicas
ao médico através das mídias sociais, ameaças recebidas de familiares de
pacientes por falta de atendimento digno e falta de insumos, entre tantos
outros problemas.
Para o
presidente do CREMERN, Marcos Lima, a reunião foi muito proveitosa e com uma
participação expressiva.
“Colhemos
propostas e a partir disso vamos colocar em prática que contribuam com a
mudança desse quadro.
Vamos
acionar a segurança pública, acionar gestores públicos para que não obriguem
médicos a trabalharem em situação de total insegurança.
Vamos
saber da Agencia Nacional de Saúde Suplementar se os planos de saúde vendidos
aqui no Estado estão dentro da dimensão correta ou se existe um
superdimensionamento, se venderam mais do que a cobertura que pode ser feita.
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