Pouco mais de R$ 143 bilhões,
decorrentes do pagamento do décimo terceiro salário, devem ser injetados na
economia brasileira neste ano, indica estudo divulgado pelo (Dieese).
O montante representa
aproximadamente 3% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e
serviços produzidos no país). O valor deste ano representa crescimento de 9,8%
em relação ao de 2012.
Cerca de 82,3 milhões de trabalhadores serão beneficiados com o
rendimento adicional de R$ 1.740, em média. O número dos que receberão o décimo
terceiro aumentou 2,9% na comparação com os beneficiados no ano passado.
A estimativa é que 2 milhões de pessoas a mais passem a receber o
adicional de fim de ano.
Aproximadamente 70% dos
recursos (R$ 100 bilhões) irão para trabalhadores da ativa, que representam
50,6 milhões de pessoas, ou 61,4% do total de beneficiários.
O valor médio do abono para esse segmento é R$ 1.988,05. Contando apenas
os trabalhadores domésticos com carteira de trabalho, o rendimento médio cai
para R$ 856,77 – os domésticos somam 1,760 milhão, correspondendo a 2,2% do
total de trabalhadores.
A parcela formada por
aposentados e pensionistas da Previdência Social, que representam 37,4% dos
beneficiários, receberá pouco menos de R$ 30 bilhões.
O valor médio do benefício é R$ 951,23. Há ainda o conjunto de 760 mil
pessoas que recebem pensão da União (regime próprio) e ficarão com 5% do
montante, o equivalente a R$ 7,2 bilhões.
O valor médio, nesse caso, é R$ 7.309,85. Os que recebem pelo regime
próprio dos estados ficarão com R$ 6,3 bilhões, ou 4,4% do montante.
Aposentados e
pensionistas do regime próprio da União não estão incluídos na conta e
respondem, isoladamente, por 5% do montante, podendo viver em qualquer região.
Os empregados do
Distrito Federal deverão receber o maior valor médio pago pelo benefício, R$
3.174. O menor irá para os estados do Maranhão e do Piauí, com média de R$ 1,1
mil. Esses valores não incluem aposentados pelo regime próprio dos estados.
O levantamento é baseado
em dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, além de
informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2012, do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Ministério da
Previdência e Assistência Social e da Secretaria do Tesouro Nacional.
O estudo do Dieese não
considera autônomos, assalariados sem carteira ou outras formas de inserção no
mercado de trabalho que, eventualmente, recebem algum tipo de abono de fim de
ano.
Também não há distinção de categorias que recebem parte do décimo
terceiro antecipadamente, por definição de acordos ou convenções coletivas de
trabalho.
Os dados, portanto, constituem uma projeção do volume total que entra na
economia ao longo do ano em razão do décimo terceiro salário. Estima-se,
entretanto, que cerca de 70% dos valores sejam pagos no fim do ano.
Por Camila Maciel / Agência Brasil
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