Mais da metade
(55,4%) dos alunos do 3º ano do ensino fundamental no país não leem e
interpreta um texto de forma correta, segundo informações da 2ª Avaliação
Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização, a Prova ABC, divulgada pelo
movimento Todos pela Educação.
Os dados mostram
que 44,5% dos estudantes atingiram pontuação acima do nível 175, que indica
proficiência adequada em leitura.
O 3º ano é a série
considerada limite para a alfabetização, segundo o Pacto Nacional pela
Alfabetização na Idade Certa (Pnaic).
A avaliação, que segue a escala do Sistema de
Avaliação da Educação Básica (Saeb), foi aplicada no final de 2012 e teve a
participação de 54 mil alunos de 1.200 escolas públicas e privadas distribuídas
em 600 municípios brasileiros.
Metade da amostra
é composta por alunos do 2º ano do ensino fundamental e o restante por
estudantes do 3º ano. Além da proficiência em leitura, a pesquisa testou também
habilidades em escrita e matemática.
A Prova ABC é uma
parceria do Todos pela Educação com a Fundação Cesgranrio, o Instituto Paulo
Montenegro e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (Inep).
"Ainda estamos abaixo dos 50% em
leitura, escrita e matemática em relação a todas as crianças que precisam e têm
o direito de ter essas competências básicas nos três primeiros anos do ensino
fundamental", avaliou Priscila Cruz, diretora executiva do Todos pela
Educação.
Na comparação por
região, o quesito leitura teve pior resultado na Região Norte, onde 27,3% dos
alunos do 3º ano tiveram avaliação acima de 175 pontos.
A maior parte dos
alunos dessa região (40,9%) não alcançou 125 pontos.
O Nordeste (30,7%) também apresentou
resultado de proficiência adequada em leitura abaixo da média nacional. Mais de
um terço dos nordestinos (38,4%) fez menos de 125 pontos.
O melhor
percentual foi verificado no Sudeste (56,5%), seguido pelo Sul (51,2%) e
Centro-Oeste (47,8%). O Todos Pela Educação destaca que, ao obter o nível
adequado de proficiência, mais do que aprender a ler, os alunos demonstram que
têm condições de ler para seguir aprendendo nos anos seguintes.
As diferenças entre os estados nesse item são
ainda maiores. São Paulo (60,1%), Minas Gerais (59,1%) e Distrito Federal (55%)
apresentam o maior percentual de alunos que atingiram mais de 175 pontos em
leitura.
Os piores
resultados, por outro lado, foram registrados em Alagoas (21,7%), Pará (22,2%)
e Amapá (22,8%). Em Alagoas, mais da metade (50,6%) dos alunos não atingiu 125
pontos.
Agência Brasil
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