Os estados falham na recuperação de adolescentes que cometeram crimes graves, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, ao questionar declarações do governador de São Paulo Geraldo Alckmin.
Ele defende o aumento da pena de, no máximo, três anos para os jovens.
“Sou contrária a ampliação das penas porque unidades [de internação] não têm projeto de reinserção educacional, de formação profissional, de recuperação da situação de drogadição [situação de dependência química] e atendimento em saúde.
“Sou contrária a ampliação das penas porque unidades [de internação] não têm projeto de reinserção educacional, de formação profissional, de recuperação da situação de drogadição [situação de dependência química] e atendimento em saúde.
Ou seja, com aumento, só vamos condenar o jovem a ficar mais tempo em um lugar que não lhe oferece nenhuma recuperação”, disse a ministra.
Maria do Rosário explicou que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece a separação entre os jovens menores e maiores de 18 anos nas unidades, reforçando que devem ficar separados.
Maria do Rosário explicou que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece a separação entre os jovens menores e maiores de 18 anos nas unidades, reforçando que devem ficar separados.
Embora o governo federal tenha estimulado a construção de mais unidades para assegurar espaços adequados de recuperação e evitar a mistura entre os mais velhos e os mais novos, a ministra diz que não se combate a violência apenas com medidas de privação da liberdade, principalmente porque os jovens, em termos de morte, são as maiores vítimas
Para buscar um entendimento sobre o tema, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos disse que vai “buscar um diálogo direto” com os governadores.
Para buscar um entendimento sobre o tema, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos disse que vai “buscar um diálogo direto” com os governadores.
De acordo com a ministra, cerca de 18 mil adolescentes estão internados no Brasil, sendo que a maioria, 85%, é dependente químico ou esteve envolvido com tráfico de drogas.
Da Agência Brasil
Da Agência Brasil
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