quinta-feira, 30 de agosto de 2012

'Minha Casa' fica mais amplo e barato

O valor dos imóveis que podem ser adquiridos dentro do Minha Casa, Minha Vida foi ampliado e o valor da parcela mínima a ser paga pelo consumidor caiu.  
Com a alteração,  o consumidor que contava com subsídios do programa para comprar imóveis de até R$ 52 mil em Natal  poderá contratar imóveis de R$ 61 mil e, no interior, o valor passou de  R$ 48 mil para R$ 57 mil. As mudanças foram anunciadas ontem, em portaria publicada no Diário Oficial da União. As novas regras valem para a faixa 1 - famílias com renda de até R$ 1,6 mil/mês  - e entram em vigor em setembro somente para os novos beneficiários do programa.
Para quem já havia contratado o financiamento não há, por ora, alteração. De acordo com o superintendente da Caixa Econômica Federal, Roberto Linhares, a ampliação do teto dá novo fôlego tanto para os mutuários, como também para as  construtoras que passam a contar com um incremento de até 18% do valor que antes recebiam do governo.

A ampliação do valor dos imóveis abrange capitais e municípios do interior com população igual ou superior a 50 mil habitantes, de acordo com o Ministério das Cidades.
O cálculo dos novos valores, explica o superintende da Caixa no Estado,  considera a atualização dos custos de terrenos para a construção dos imóveis - uma antiga exigência do setor da construção civil.

A medida tem reflexo direto na cobertura do Programa.
A meta de construção para o Estado era, até então, de 6,6 mil unidades e agora deverá atingir as 10 mil moradias, até o final do ano. "Iremos duplicar o valor contratado de financiamento, que passa de R$ 600 milhões no Estado, para R$ 12.604 milhões", calcula. Até julho de 2012, mais de 4.500 empreendimentos haviam sido financiados.

Contudo, Linhares destaca que as instituições financeiras continuam com a prerrogativa de analisar projetos, antes de serem contratados, podendo haver alterações.

PRESTAÇÃO
O valor do subsídio pago pelo governo também passou por alteração essa semana. A CEF passará a arcar com 95% dos gastos de cada imóvel, de acordo com o decreto 7.795, publicado na última segunda-feira no Diário oficial.
O aumento no subsídio derrubou de 10% para 5% a parcela mínima de renda mensal familiar comprometida com a prestação da casa. Ou seja, as parcelas que antes oscilavam entre R$ 50 e R$ 160 passarão a R$ 25 ou R$ 80, no mínimo.
"Isso permitirá que o consumidor possa, ao final de 10 anos, pagar pouco mais de R$ 3 mil por um imóvel que custa R$ 61 mil", observa o superintendente da CEF no Estado. 
As alterações abrangem as operações realizadas por meio do Fundo de Arrendamento Residencia (Far), Fundo de Desenvolvimento, que compreende o Minha casa Minha Entidades.

O novo teto e a parcela reduzida devem impulsionar as contratações e com isso alcançar um número também maior de famílias de baixa renda, prevê Linhares. "A medida permite reduzir o déficit habitacional no Estado", analisa.
No Rio Grande do Norte, mais de 100 mil residências precisam ser construídas para que o déficit habitacional seja zerado. Para o público enquadrado na faixa 1 - que tem renda mensal de até R$ 1,6 mil - 3,8 mil moradias já foram entregues pelo MCMV no estado. 
Agência Brasil

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