O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve adiar para pelo menos depois das eleições municipais —em outubro— a implementação do horário de verão, que adianta os relógios em uma hora com o intuito de economizar energia elétrica.
A posição foi manifestada após pedido da presidente do TSE (Tribunal
Superior Eleitoral), ministra Cármen Lúcia, que manifestou a integrantes do
governo federal preocupação com a operacionalização das eleições.
Lula informou à ministra, por meio de interlocutores, que só não adiará
essa decisão para após as eleições se o Brasil enfrentar uma crise energética
grave em um futuro próximo, o que não está previsto por especialistas do setor.
Cármen Lúcia procurou os ministros José Mucio Monteiro (Defesa) e
Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) para manifestar a sua
preocupação com a notícia de que o governo Lula avaliava implementar neste ano
o horário de verão, por causa da seca severa enfrentada pelo país.
A ministra disse que essa medida afetaria a operacionalização das
eleições municipais. Disse que as urnas já estão programadas e lacradas em suas
respectivas regiões e que haveria ainda um problema maior nos estados que
seguem horário diferente do oficial de Brasília.
Em alguns estados, mesários precisariam chegar às 3h para iniciar os
preparativos.
Essas preocupações teriam sido levadas a Lula e à Casa Civil da
Presidência da República.
Na semana passada, o Ministério das Minas e Energia confirmou que
avaliava retomar o horário de verão como forma de tentar economizar energia,
por causa da seca extrema que atinge o país.
O horário de verão é uma das alternativas na mesa do governo, que também
já ampliou autorizações para o funcionamento de usinas termelétricas a gás. A
seca também já causou o aumento da bandeira da conta de luz.
Segundo ele, a volta do horário de verão pode ajudar a reduzir a demanda
de energia ao final da tarde, que é um horário crítico para o sistema elétrico.
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