O diretor de Benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), André Fidelis, foi exonerado do cargo na sexta-feira (5/7). O motivo da demissão, foi a série de reportagens que revelou a farra dos descontos de entidades sobre os vencimentos de aposentados.
A Controladoria-Geral da União (CGU), o Tribunal de Contas da
União (TCU) e o próprio INSS passaram a investigar a farra dos descontos.
No TCU, houve julgamento determinando a apuração de responsabilidades e
a interrupção de descontos de entidades.
O Ministério Público Federal (MPF), pediu a suspensão dos descontos e a
devolução de dinheiro a aposentados.
No cargo, Fidelis era responsável justamente por assinar termos de
cooperação técnica com associações e sindicatos para que essas entidades
oferecessem serviços, como planos de saúde, seguros e até auxílio-funeral, em
troca de descontos de percentuais ou valores fixos das aposentadorias de
beneficiários do INSS que fossem filiados a elas.
Essas entidades tiveram um crescimento exponencial de faturamento e de
filiados em meio a uma onda de denúncias de fraudes na filiação de idosos.
Somente entre 2023 e 2024, 29 entidades receberam mais de R$ 2 bilhões
em descontos de aposentadorias. O faturamento mensal delas saltou de R$ 85
milhões para R$ 250 milhões mensais nesse período.
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