sábado, 8 de junho de 2024

Furto de energia bate recorde e supera geração de Belo Monte; “gatos” cresceram 20% em 2023

 O furto de energia elétrica bateu recorde no Brasil em 2023. Os “gatos”, oficialmente chamados de perdas não técnicas, cresceram 20% no último ano e atingiram 40,8 TWh (terawatts por hora). Em 2022, tinham somado 34,2 TWh.

Em 15 anos, o volume furtado acumula mais de 500 TWh (ou 500 milhões de MWh). O levantamento foi feito pela Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica) a partir de dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

O cenário tem impacto direto nas contas de luz dos consumidores, uma vez que esse tipo de crime resulta numa tarifa mais alta.

O impacto financeiro só com os custos de compra de energia é de R$ 10,1 bilhões. O cálculo é feito a partir do custo médio de aquisição de energia pelas distribuidoras em 2023, de R$ 249 bilhões, com a multiplicação do valor pelo montante de energia perdida, de 40,8 TWh.

MAIS DO QUE BELO MONTE

A quantidade de energia furtada supera a geração da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, que é a 2ª maior do Brasil.

A usina localizada no rio Xingu tem capacidade de gerar 11.233 MW, mas sua garantia de geração física é de 4.418 MW em média. Enquanto isso, os furtos equivalem a 4.655 em MW médios.

Essa “usina gato” também corresponde a 60% do fornecimento de energia elétrica da usina de Itaipu para o mercado brasileiro.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário