O Rio Grande do Norte possui uma média acumulada de 70% entre os principais reservatórios do Estado, com aproximadamente 3,9 milhões de metros cúbicos de água.
Essa é uma estimativa de Paulo Sidney, diretor-presidente do Instituto
de Gestão de Águas do Rio Grande do Norte (Igarn).
“Como estamos ainda na metade da quadra chuvosa, pode ser que tenhamos
um dos melhores anos em termos de recarga dos reservatórios dos últimos 12 a 13
anos.
Um resultado espetacular”, afirma o diretor-presidente do Igarn. Ele
ressalta ainda que antes existia uma preocupação com a região do Seridó na
segurança hídrica, em razão do baixo nível de água no começo de 2024, que teve
a situação revertida após as fortes chuvas distribuídas em todo Estado.
A expectativa do início da operação da Barragem de Oiticica está
prevista para o segundo semestre deste ano, com uma nova liberação de R$46,4
milhões pelo Governo Federal.
O reservatório terá capacidade de armazenamento de 598 milhões de metros
cúbicos. O anúncio do adiamento da entrega aconteceu ainda no dia 3 de abril
com alegação de fortes chuvas. O prazo anterior era até o primeiro semestre.
De acordo com Paulo Sidney, o projeto Adutora Seridó, realizado em parceria
com o Governo Federal, deve captar água abaixo de Oiticica e antes de Armando
Ribeiro, com estimativa de que um dos cinco trechos consiga solucionar o
atendimento de água em “quase todo Seridó”.
Riscos da sangria
A lâmina de água é controlada pelo Igarn de forma constante apenas em
regiões de perigo. Paulo Sidney, diretor-presidente do Igarn, afirma que a
bacia que alimenta o Açude dos Pataxó em Ipanguaçu, em razão das cidades baixas
que existem nas proximidades é um dos locais monitorados. “Qualquer lâmina de
sangria do Pataxó, que aumenta o nível do Rio, já causa problema na cidade em
alguns bairros”, alertou.
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