As supostas agressões estão sendo relatadas desde a recaptura, de acordo
com a defesa do preso. Por causa disso, os advogados solicitaram na justiça
outros exames de corpo de delito para investigar as possíveis lesões.
Ele foi encaminhado para o Instituto Técnico-Científico de Perícia do
Rio Grande do Norte (Itep-RN) para passar por exames.
“No dia 05 de abril, durante a audiência de apresentação, após a
recaptura, Rogério relatou que foi vitima de violência policial, tendo
permanecido algumas lesões visíveis e perceptíveis por qualquer um, no seu
rosto.
Ele relatou que tem sido vítima de violência policial, de abuso de
autoridade e de tortura dentro do sistema”, afirmou a advogada Aline Fernandes.
“Rogério nos relatou que tem sido mantido em uma cela sem solário, ou
seja, não tem saída para tomar banho de sol, mas também não tem a possibilidade
de tomar banho de sol dentro da cela.
Ele relatou que seu corpo se encontra com inúmeros hematomas e marcas
que não eram existentes quando ele relatou o exame de corpo de delito porque
tem sido torturado”, acrescentou a defensora.
O encaminhamento de Rogério para o Itep foi autorizado pelo corregedor
do presídio, o juiz federal Walter Nunes. O esquema envolveu um forte aparato
policial, com cerca de 20 viaturas. O juiz ainda solicitou as imagens da câmera
de segurança do corredor da cela em que o detento está preso.
Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento estão presos na
Penitenciária Federal há quase uma semana.
A defesa quer que os agentes federais envolvidos nas supostas agressões
sejam identificados e punidos. “Foi determinado que a penitenciária, no prazo
de três dias, preste esclarecimentos sobre as alegações do custodiado”,
completou a advogada Aline Fernandes.
Portal da
Tropical
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