Todas as regiões mostram crescimento, mas com distinção quanto aos vírus
respiratórios. No Centro-Sul prevalece a covid-19. As regiões Sudeste e Sul, no
entanto, além da covid, tem quadro de influenza (vírus da gripe), demonstrando
uma cocirculação. No Nordeste e no Norte, a influenza também registra aumento,
especialmente na população adulta.
O novo cenário mostra ainda que o vírus sincicial respiratório (VSR) reapareceu
em diversos estados, afetando crianças pequenas e idosos. Referente à Semana
Epidemiológica (SE) 9, de 25 de fevereiro a 2 de março, a análise tem como base
dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe
(Sivep-Gripe) até 4 de março.
Além do aumento do número de casos de covid-19 e de influenza nas
últimas semanas, o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta para o
crescimento do vírus sincicial respiratório, que afeta mais crianças e idosos.
“Vemos o aumento desse impacto principalmente em crianças pequenas, de até 2
anos de idade, mas sabemos também que os idosos têm risco de vir a falecer por
conta do VSR. Então, com a retomada desse vírus, tanto crianças pequenas quanto
idosos têm que ficar atentos.
E o VSR, em particular, vemos em todas as regiões
do país com sinal de retomada, o que pode naturalmente estar associado
justamente à volta às aulas, sendo um grande facilitador. É um cenário que
requer bastante atenção”, disse Gomes.
Nos casos de covid-19 e gripe, Gomes destacou que aplicação de vacinas é uma
das principais ações a serem adotadas. “Além disso, é bom lembrar que o uso de
boas máscaras (N95 e PFF2) funciona para qualquer um desses vírus. A máscara
diminui o risco de contrair vírus respiratório, principalmente nas unidades de
saúde que, neste momento, estão recebendo muita gente infectada.”
Outra recomendação é buscar atendimento médico se surgirem sintomas parecidos
com os de resfriado – especialmente entre aqueles que fazem parte de grupos de
risco –, para seguir com o tratamento adequado à doença.
Nas últimas oito semanas, a incidência e mortalidade de SRAG mantêm o padrão
típico de maior impacto entre crianças pequenas e idosos. “A incidência de SRAG
por covid-19 apresenta maior impacto nas crianças de até 2 anos e na população
a partir de 65 anos.
Outros vírus respiratórios com destaque para incidência de
SRAG nas crianças pequenas são o sincicial e o rinovírus. Já a mortalidade da
SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com predomínio
de covid-19”, ressaltou Gomes.
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