A Polícia Federal (PF) prendeu em flagrante, na manhã desta quinta-feira (14/12), Eduardo Marcos da Silva, conhecido como Dudinha, braço direito de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, em São Paulo.
O criminoso foi um dos alvos da operação que visa coibir um plano da
facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) para sequestrar autoridades.
Dudinha estava armado no momento em que foi rendido pelos investigadores.
Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 16 de busca e
apreensão. No total, a polícia localizou duas pistolas 9mm, um colete balístico
e quatro veículos de luxo.
Segundo as investigações, Eduardo Marcos da Silva integra a sintonia
restrita da organização, uma célula que trata de assuntos sigilosos e relevantes
para a cúpula da facção, formada por membros de extrema confiança do comando e
com elevado poder decisório. Todos possuem a mais alta estima do líder máximo
do PCC, o Marcola.
A ação que resultou na prisão de Dudinha é um desdobramento da Operação
Sequaz, deflagrada em março deste ano. À época, a PF descobriu um plano do PCC
para sequestrar e matar servidores públicos e autoridades, incluindo o ex-juiz
e senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e o promotor de Justiça Lincoln
Gakiya, que integra o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime
Organizado de São Paulo (Gaeco).
De acordo com fontes da PF ouvidas pela reportagem, ainda não é possível
afirmar quais autoridades seriam alvo de um suposto novo plano de ataque.
Contudo, na primeira fase da investida policial, os investigadores
encontraram informações sobre as residências oficiais do senador Sergio Moro
(União Brasil-PR) e dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da
Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
De acordo com as investigações da Operação Sequaz, o sequestro e a morte
de Moro e de outras autoridades seriam executados para obter dinheiro e
conseguir o resgate de Marcola, que, no início deste ano, foi trazido do
Presídio Federal de Porto Velho (RO) para o de Brasília.
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