“Fatores como a variação climática, o aumento das chuvas, o número de
pessoas suscetíveis às doenças e a mudança na circulação de sorotipo do vírus
são fatores que podem ter contribuído para esse crescimento”, avaliou o
ministério em nota. Os estados com maior incidência de dengue são Espírito
Santo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Distrito
Federal e Goiás.
Chikungunya
Em relação à chikungunya, até dezembro de 2023, foram notificados 145,3
mil casos da doença no país, com taxa de incidência de 71,6 casos por 100 mil
habitantes. Em comparação com o mesmo período de 2022, quando foram notificados
264,3 mil casos (123,9 casos por 100 mil habitantes), a redução foi de 42,2%.
Este ano, foram confirmados ainda 100 óbitos provocados pela doença. As maiores
incidências estão em Minas Gerais, no Tocantins e Espírito Santo.
Zika
Já os dados de zika foram coletados pela pasta até o fim de abril
de 2023. Ao todo, foram notificados 7,2 mil casos da doença, com taxa de
incidência de 3,6 casos por 100 mil habitantes. Houve aumento de 289% em
relação ao mesmo período de 2022, quando 1,6 mil ocorrências da doença foram
notificadas. Até o momento, há registro de um óbito por zika em investigação.
Criadouros
O Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa)
e o Levantamento de Índice Amostral (LIA) indicam que, em 2023, 74,8% dos criadouros
do mosquito da dengue estão nos domicílios, como em vasos e pratos de plantas,
garrafas retornáveis, pingadeiras, recipientes de degelo em geladeiras,
bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais e materiais em depósitos de
construção (sanitários estocados, canos).
Os números mostram ainda que depósitos de armazenamento de água elevados
(caixas d’água, tambores, depósitos de alvenaria) e no nível do solo (tonel,
tambor, barril, cisternas, poço, cacimba, cisterna) aparecem como segundo maior
foco de procriação dos mosquitos, com 22%, enquanto depósitos de pneus e lixo
têm 3,2%.
A pesquisa é realizada pela amostragem de imóveis e criadouros com água
positivos para larvas de Aedes aegypti no âmbito municipal. Os
estados consolidam os dados dos municípios e encaminham ao ministério.
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