De acordo com o boletim, a Bahia, que foi o primeiro estado a anotar a
elevação dos registros recentes na região, verifica um recuo nos casos, mas
ainda mantém crescimento nas novas ocorrências.
Embora tenha registrado
crescimento depois de outros estados da região, no Ceará, os casos aumentam
semana a semana. Os estados do Maranhão, da Paraíba e de Pernambuco estão com
sinal inicial de aumento recente nos casos, principalmente em pessoas de idade
avançada.
“Há sinal de aumento na Bahia, no Ceará, no Maranhão, na Paraíba e em
Pernambuco em relação à SRAG por covid-19. No Maranhão, na Paraíba e em
Pernambuco, o volume ainda é relativamente baixo, e o ritmo de crescimento é
leve, indicando possível início de ciclo”, informou a Fiocruz.
Conforme a atualização de hoje, Acre, Bahia, Ceará, Espírito Santo,
Maranhão, Mato Grosso, Paraíba, Piauí e Rondônia apresentaram sinal de
crescimento das síndromes respiratórias agudas graves por covid-19 na tendência
de longo prazo.
Já em Minas Gerais, permaneceu o sinal de platô, mas ainda sem indício
claro de queda. “No Acre, no Espírito Santo, em Mato Grosso, no Piauí e em
Rondônia, trata-se apenas de oscilação”, completou a fundação.
Em escalada diferente, no centro-sul, não há mudança no cenário anterior
e continua o sinal de queda em relação à covid-19. Em Minas Gerais, houve
interrupção no crescimento e a fase de estabilidade no número de casos
continua.
Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, que recentemente tinham registrado
leve aumento, agora estão classificados apenas como oscilação, disse o
pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador
do InfoGripe, Marcelo Gomes.
Capitais
Dez capitais apresentaram sinal de aumento: Aracaju; Campo Grande;
Florianópolis; Fortaleza; João Pessoa; Maceió; Rio de Janeiro; Salvador;
Teresina e Vitória.
Segundo a Fiocruz, em Fortaleza, João Pessoa e Salvador, o cenário é
decorrente da covid-19, especialmente na população de idade avançada. Em
Aracaju e Maceió, o sinal atual pode indicar possível início de ciclo, embora o
volume de casos ainda seja relativamente baixo e o crescimento seja apenas
incipiente.
"No Rio de Janeiro, o crescimento recente se concentra em crianças
entre 2 e 14 anos de idade, o que não sugere associação à covid-19. Situação
similar se observa em Curitiba", informou a Fiocruz, acrescentando que em
Campo Grande, Florianópolis, Teresina e Vitória, “a análise por faixa etária
sugere tratar-se apenas de oscilação”.
Mortalidade
O boletim InfoGripe mostrou também que, nas últimas oito semanas, a
incidência e mortalidade de SRAG manteve o padrão típico de maior impacto entre
crianças pequenas e pessoas idosas.
“A incidência de SRAG por covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas
crianças de até 2 anos e na população a partir de 65 anos de idade. Outros
vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças
pequenas são o VSR, rinovírus e adenovírus. Já a mortalidade da SRAG tem se
mantido significativamente mais elevada nos idosos, com predomínio de
covid-19”, destacou.
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