Para discutir possibilidades para reverter esse cenário, especialistas
participam nesta semana, aqui no Rio de Janeiro, do Encontro Internacional de
Cardiologia Intervencionista, maior evento na América Latina dedicado ao tema.
Para o cardiologista Roberto Botelho, diretor de comunicação da
Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, a saúde do
coração é um dos maiores desafios na área da saúde.
"Há um estudo feito em 60 países que mostrou que quanto menor
a renda per capita e o nível educacional de uma população, pior os
indicadores da saúde cardiovascular, maior a mortalidade por infarto,
maior a hipertensão, maior epidemia. Por isso por isso fica
quase que automático a gente supor - e dados mostraram isso - que a saúde
cardiovascular do brasileiro vai mal e vem piorando.
O especialista avalia que é urgente investir em recursos tecnológicos
como forma de prevenção e tratamento. E ressalta a importância de um
olhar mais atento para os efeitos das doenças cardiovasculares.
"Não só pelo gasto de saúde direta, consumo com remédio, UTI, como
pelo gasto com medicamentos, mas como o gasto das economia, por causa do custo
secundário. A pessoa que tem a doença trabalha menos, produz menos. O impacto
de um PIB no país é bastante afetado
A boa notícia, de acordo com Roberto Botelho, é que 85 por cento dos
riscos que levam a doenças cardiovasculares podem ser evitados com hábitos
saudáveis.
"Só 15% que a gente não consegue modificar. Você consegue modificar
o fato de ter na família uma genética de doença cardiovascular. Então qual é a
melhor prática?
Aí vem uma notícia muito boa: se você pratica exercícios, toma cuidado
com seu intestino e procura uma comida mais saudável, se aplica técnicas
para diminuir o estresse, isso são medidas baratas que dependem muito mais da
vontade de disponibilizar um tempo para aquilo e priorizar.
Com isso, a gente consegue uma transformação muito impactante na saúde populacional e individual."
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