“As proteínas, de forma geral, vêm caindo, algumas com mais intensidade,
caso da carne bovina. Mas a gente vê, desde o início do cenário inflacionário
mais alto, que o consumo de proteínas é menor desde o ano passado”, disse nesta
segunda-feira (12) à Agência Brasil a diretora do Painel de Uso da
Kantar, Divisão Worldpanel, Aurelia Vicente.
A carne bovina, que tinha participação de 43,1% no primeiro trimestre de
2021, agora está com 39%. A trajetória de queda já era sinalizada em igual
período de 2022, quando o consumo caiu para 40,5%.
Já a carne suína fez o caminho inverso, subindo de 4,6%, entre janeiro e
março de 2021, para 7,6%, no mesmo período de 2022 e, neste ano, para 9,1%.
Aurelia Vicente destacou que mesmo as proteínas mais baratas, como
salsichas e linguiças, que se destacaram em 2022, perderam importância na mesa
dos brasileiros na comparação com o primeiro trimestre do ano passado.
O consumo de linguiças caiu de 15,4% para 14,9% e o de salsichas, de
4,8% para 3,8%. No curto prazo, o consumo de carne de aves também apresenta
recuperação e, após alta de preços em 2022, a participação passa de 25,9% para
28,6% no primeiro trimestre de 2023.
Peixes e frutos do mar demonstraram estabilidade nos três primeiros
meses deste ano, comparativamente ao mesmo período de 2022, com 4,3% de share,
embora apresentando retração em relação a 2021 (6%).
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