segunda-feira, 12 de junho de 2023

Açude que abastece a cidade de Taperoá na Paraíba pode entrar em colapso

 A retirada de água do açude Manoel Marcionilo em Taperoá, Cariri da Paraíba, e as consequências enfrentadas pela cidade nos convidam a refletir sobre a importância da busca por soluções imediatas e sustentáveis diante da escassez hídrica.

Inaugurado em 1986 durante a gestão do governador Wilson Braga, o açude foi construído no leito do rio Taperoá e, por muito tempo, tem sido o principal reservatório responsável pelo abastecimento da cidade.

Com capacidade para 15.148.900 m³ de água, ele desempenha um papel vital na vida dos moradores de Taperoá.

No entanto, devido à ausência de chuvas, à evaporação da água e à retirada diária por carros-pipa que a direcionam para outras cidades, o açude Manoel Marcionilo secou em 2015 e atualmente está à beira do colapso.

A demanda por água aumentou consideravelmente, e o açude, com sua capacidade limitada, não consegue suprir as necessidades da população.

Continuar com a operação dos carros-pipa, retirando água do açude, coloca em risco o abastecimento de Taperoá.

É preciso reconhecer que medidas de curto prazo são necessárias para enfrentar essa situação emergencial.

Duas possíveis soluções foram mencionadas: a adutora do Pageú e a possibilidade de tornar o rio Taperoá perene.

A adutora do Pageú, com projeto já em andamento, espera apenas pela liberação dos recursos para que a água chegue à Cagepa e, posteriormente, a Taperoá.

Essa solução apresenta uma perspectiva mais próxima e pode trazer alívio para a cidade.

No entanto, ainda será necessário esperar um tempo considerável até que a adutora esteja plenamente operacional.

Por outro lado, a proposta de tornar o rio Taperoá perene é uma solução que, embora promissora, enfrenta desafios significativos e depende de um projeto mais complexo e de longo prazo.

Realizá-la exigirá recursos, estudos ambientais e o envolvimento de várias partes interessadas.

Embora seja uma opção a ser considerada no futuro, é importante reconhecer que sua implementação pode levar anos.

Diante desse cenário, é imprescindível buscar outras soluções para lidar com o problema imediato.

É necessário explorar alternativas sustentáveis, como o reuso da água, a captação de águas pluviais e a conscientização da população sobre a importância da conservação e do consumo responsável.

Além disso, é fundamental que a comunidade se una, compartilhe ideias e busque soluções criativas e inovadoras, até mesmo buscar as autoridades para pedir que se proíbe a retirada.


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