Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira, 25, que as contas de luz vão continuar com a bandeira vermelha em seu segundo patamar em julho.
Atualmente, os consumidores pagam uma taxa adicional de R$ 6,243 a cada
100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, mas esse valor deve ser bem mais alto a
partir do próximo mês. Alguns especialistas apontam a necessidade de a taxa ser
elevada a, pelo menos, R$ 10 a cada 100 kWh, um aumento de 60%.
A diretoria colegiada do órgão irá definir os novos valores na próxima
terça-feira, 29.
A proposta apresentada ainda em março previa um aumento de 21% na
bandeira vermelha patamar 2, que passaria a R$ 7,571 a cada 100 kWh.
Mas, a agência já assume que será necessário um reajuste maior. A
avaliação é que esse percentual não é suficiente para cobrir os custos da
compra das usinas termelétricas, necessárias para garantir o abastecimento em
meio à pior crise hídrica dos últimos 91 anos.
De acordo com a Aneel, a manutenção da bandeira vermelha patamar 2 se
deve à baixa quantidade de água que chegou aos reservatórios das hidrelétricas
em junho, “entre as mais críticas do histórico”.
“Julho inicia-se com mesma perspectiva hidrológica desfavorável, com os
principais reservatórios do Sistema Integrado Nacional (SIN) em
níveis consideravelmente baixos para essa época do ano, o que sinaliza
horizonte com reduzida capacidade de produção hidrelétrica e elevada
necessidade de acionamento de recursos termelétricos”, disse a Aneel.
É o segundo mês consecutivo em que a bandeira vermelha em seu segundo
patamar, a mais cara do sistema, vigora. Em maio também foi acionada a bandeira
vermelha, mas no patamar 1. Nos meses anteriores, de janeiro a abril, vigorou
bandeira amarela.
Terra
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