Representantes do governo, dos trabalhadores e das empresas decidem nesta quinta-feira, 24, se prorrogam os pagamentos de seguro-desemprego a quem for demitido durante a calamidade provocada pela pandemia da covid-19. Se aprovada, a medida pode beneficiar 6 milhões de trabalhadores.
O custo de cada
parcela adicional é estimado em R$ 8,35 bilhões, segundo cálculos da equipe
econômica. A proposta das centrais sindicais é pagar duas parcelas adicionais,
o que levaria a uma despesa extra de R$ 16,7 bilhões.
A medida será votada
no Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat),
responsável por operar políticas como abono salarial e seguro-desemprego. O
colegiado tem 18 integrantes indicados por trabalhadores, empresas e governo.
Cada categoria tem seis assentos no conselho.
A bancada dos empregadores
deve ser o fiel da balança na votação, já que tanto governo quanto
trabalhadores devem votar em bloco e em direções opostas.
Na última reunião do
Codefat, representantes dos setores de agricultura e turismo sinalizaram apoio
à prorrogação do seguro-desemprego, enquanto a indústria foi contra. Com o
placar indefinido, tanto o governo quanto as centrais deflagraram uma ofensiva
para tentar angariar votos das confederações empresariais.
As centrais precisam
conseguir ao menos três aliados dentro do conselho, já que, em caso de empate,
o voto de minerva é do presidente do Codefat. A presidência hoje é exercida por
Francisco Pegado, indicado da União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Estadão
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