Uma investigação do
Ministério Público do Ceará (MPCE) descobriu que integrantes de uma facção
pretendiam realizar ações criminosas no estado em represália à transferência de
Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como chefe máximo do grupo.
Marcola estava
recolhido na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, em São Paulo, ao lado de
outros integrantes da cúpula da facção criminosa, que tem atuação nacional.
Ele foi transferido
para a Penitenciária Federal de Porto Velho, em Roraima, em 13 de fevereiro
deste ano, para cumprir a pena em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD),
isolado de outros internos. Dois meses depois, foi enviado à Penitenciária
Federal de Brasília, no Distrito Federal. A transferência do número
1 do grupo fez com que faccionados de vários estados, inclusive do Ceará,
planejassem ações criminosas.
O G1 obteve acesso a
informações da Operação Jericó, deflagrada pelo MPCE no dia 15 de agosto para
combater a atuação da facção criminosa.
Interceptações
telefônicas autorizadas pela Justiça mostraram que os investigados conversaram
sobre a transferência de Marcola e a possibilidade de um “salve” da facção para
que fossem realizadas ações para “parar o Brasil”.
Em um áudio, um
suspeito afirma que a facção pediu a “sintonia” (adesão) de todos os membros no
plano criminoso, que é necessário realizar um cadastro, e acrescenta que a
organização visa a integridade dos “irmãos” (integrantes).
Mandados de prisão
A partir dessas e
outras informações, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações
Criminosas (Gaeco), do MPCE, solicitou a prisão preventiva de 18 acusados, e a
Vara de Delitos de Organizações Criminosas do Ceará concedeu os mandados.
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