domingo, 17 de novembro de 2013

Polícias estão sem estrutura e pessoal para combater crimes

O delegado Normando Feitosa retornou à delegacia de Macaíba há um mês. 

Durante esse período, realizou a “Operação Retorno” e conseguiu efetuar a prisão de pelo menos seis assassinos.

A volta do delegado ao município acontece após dois anos de afastamento.

O policial tem pela frente o desafio de reduzir o número de homicídios.

Em 2011, quando foi transferido para a Divisão Especializada no Combate ao Crime Organizado (Deicor), Macaíba contava 27 crimes violentos.

Para reduzir a criminalidade, o delegado espera contar com melhorias estruturais. “É preciso sair do discurso para a prática. Existe a promessa de melhorar a delegacia. Espero que isso ocorra”, diz.

Atualmente, o delegado conta com 14 agentes, um escrivão e apenas duas viaturas para cobrir uma área de 520km². O efetivo é insuficiente.

“O ideal é que eu tivesse pelo menos três equipes com quatro agentes para investigar os crimes e mais duas equipes designadas apenas para investigação de homicídios”, esclarece.

Além do reforço de pessoal, o delegado precisa de novos equipamentos e viaturas. “Recebi a promessa de que, em dezembro, cheguem novas viaturas e demais equipamentos”, completa.

O déficit de pessoal e falta de estrutura adequada também atinge a polícia militar.
O descalabro na instituição é visível no ponto mais representativo: a sede do batalhão.

Há três anos, o 11º BPM funciona num galpão localizado num posto de gasolina. A situação, segundo o comandante geral da polícia no RN, coronel Francisco Araújo, é provisória. “Mas reconheço que ali não é o local ideal”, diz.

O transeunte percebe que está diante de um batalhão da PM por causa da identificação na faixada, mas o galpão localizado no posto de gasolina às margens  da BR-304, em nada lembra um prédio pertencente à força policial.

“Estamos aqui desde 2010 de forma improvisada. Tivemos que sair do prédio antigo, pois o mesmo não tinha condições de uso. Vamos sair desse galpão em breve”, avisa o comandante do 11º BPM, coronel Josimar de Lima.

Graças a uma parceria com a Prefeitura de Macaíba, a sede do batalhão será transferida para um prédio localizado no Centro da cidade.
O imóvel recebe os últimos retoques  e a previsão de inauguração é meados de dezembro. “No novo prédio, teremos mais espaço para a parte administrativa e até mesmo um espaço para treinamento dos policiais”, conta coronel Josimar.

Se o problema da localização do batalhão foi resolvido após três anos, outro problema que afeta a corporação parece não ter data de solução.
Trata-se do efetivo. O 11º BPM é responsável pelo policiamento em cinco cidades. A população assistida é estimada em 300 mil pessoas. 

O número de policiais disponíveis é de apenas 300. “Mas o combate à violência não pode ser pensando apenas com aumento de efetivo.

É preciso melhoria na educação e na oferta de emprego. Infelizmente estamos presenciando um socialismo branco com essa quantidade de bolsas do Governo Federal.

Isso também causa violência”, explicou coronel Josimar.

Foto: Joana Lima – Tribuna do Norte


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