Dos 111 presos que
participaram da rebelião e tentativa de fuga ocorridas no Centro de Detenção
Provisória (CDP) da Ribeira, 14 foram transferidos para outras unidades
prisionais de Natal após terem sido identificados pelos agentes penitenciários
como líderes do motim.
Na ação criminosa,
os detentos queimaram colchões, arrebentaram quatro grades e abriram dois
buracos nas paredes das celas e só pararam após a chegada do Grupo de Operações
Especiais (GOE) da Polícia Militar.
O fato aconteceu
dois dias após a visita do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Joaquim Barbosa, ao Estado.
Segundo o diretor
do CDP da Ribeira, Flávio Batista, as transferências foram necessárias para
impedir que os 14 detentos iniciassem novo motim dentro do local, que ficou com
quatro celas sem grades após a rebelião.
Ele disse ainda
que, dos 14, seis já foram sentenciados e que, por isso, já deveriam ter sido
encaminhados para uma penitenciária.
Foram encontrados
vários telefones celulares e drogas dentro das celas e que maioria do material
chega até os detidos através de pessoas que jogam embrulhos na área do solário,
onde eles passam parte do dia em banho de sol.
Foi retirado uma
montanha de entulhos de dentro das celas do CDP da Ribeira, durante a limpeza
do local. Entre o entulho, dezenas de peças de ventiladores quebrados, roupas,
objetos pessoais e produtos de higiene, lençóis, garrafas cheias de água e até
gasolina e muita terra.
Familiares de
alguns presos também acompanharam o processo, do lado de fora da unidade
prisional, e reclamavam da falta de informações sobre os presos.
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