segunda-feira, 22 de abril de 2013

Líderes de rebelião no CDP da Ribeira já foram transferidos, após rebelião e tentativa de fuga


Dos 111 presos que participaram da rebelião e tentativa de fuga ocorridas no Centro de Detenção Provisória (CDP) da Ribeira, 14 foram transferidos para outras unidades prisionais de Natal após terem sido identificados pelos agentes penitenciários como líderes do motim.
Na ação criminosa, os detentos queimaram colchões, arrebentaram quatro grades e abriram dois buracos nas paredes das celas e só pararam após a chegada do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Militar.
O fato aconteceu dois dias após a visita do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Joaquim Barbosa, ao Estado.
Segundo o diretor do CDP da Ribeira, Flávio Batista, as transferências foram necessárias para impedir que os 14 detentos iniciassem novo motim dentro do local, que ficou com quatro celas sem grades após a rebelião.
Ele disse ainda que, dos 14, seis já foram sentenciados e que, por isso, já deveriam ter sido encaminhados para uma penitenciária.
Foram encontrados vários telefones celulares e drogas dentro das celas e que maioria do material chega até os detidos através de pessoas que jogam embrulhos na área do solário, onde eles passam parte do dia em banho de sol.
Foi retirado uma montanha de entulhos de dentro das celas do CDP da Ribeira, durante a limpeza do local. Entre o entulho, dezenas de peças de ventiladores quebrados, roupas, objetos pessoais e produtos de higiene, lençóis, garrafas cheias de água e até gasolina e muita terra.
Familiares de alguns presos também acompanharam o processo, do lado de fora da unidade prisional, e reclamavam da falta de informações sobre os presos. 

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