Enfermeiros e técnicos em enfermagem do Rio Grande do Norte iniciaram uma paralisação de 48 horas, nesta terça-feira (6), para pressionar a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap/RN) a realizar uma audiência com representantes da categoria.
Eles cobram o pagamento do retroativo da Assistência Financeira
Complementar (AFC) referente aos meses de agosto a novembro de 2023. No fim da
manhã desta terça, os servidores se reuniram em protesto na Governadoria do
Estado, em Natal.
Diretora do Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde), Rosilda Sales
explicou que os recursos para o complemento salarial são pagos pelo
Governo Federal, mas não foram transferidos integralmente para os servidores da
enfermagem do Estado.
“Queremos uma audiência com a secretária de saúde para que ela
reivindique junto ao Governo Federal para que esses recursos cheguem aos nossos
contracheques”, disse ela.
A Assistência Financeira Complementar é um recurso repassado pela União
a estados, municípios e entidades filantrópicas e prestadores de serviços com
contrato em vigor que atendem, no mínimo, 60% de seus pacientes pelo Sistema
Único de Saúde (SUS), para complementar o piso da enfermagem.
Segundo informações do Sindsaúde, há equipes de servidores de
unidades de saúde de todo o estado participando da paralisação.
Na Grande Natal, foram
confirmadas paralisações nos seguintes hospitais:
Hospital Monsenhor Walfredo Gurguel, em Natal;
Hospital Pediátrico Maria Alice Fernandes, em Natal;
Hospital Dr. José Pedro Bezerra (Santa Catarina), em Natal;
Hospital Geral Dr. João Machado, em Natal
Hospital Dr. Deoclécio Marques de Lucena, em Parnamirim
O quantitativo completo de profissionais que decidiram cruzar os braços
em protesto não foi informado.
A Sesap/RN informou que não irá se pronunciar sobre a manifestação.
Indicativo
de greve
Rosilda Sales confirmou que, se as pautas dos enfermeiros e técnicos em
enfermagem paralisados não forem atendidas pelo Governo do Estado, o Sindsaúde
irá deliberar um indicativo de greve sem previsão para terminar.
“Nós também estamos brigando para que o piso se torne lei no estado do
Rio Grande do Norte e não tenhamos apenas essa assistência complementar.
Muita gente está chamando de bolsa jaleco, de bolsa auxílio, e nós não
merecemos isso. A gente estranha uma governadora do Partido dos Trabalhadores,
aliada do presidente, e que não fez nenhum esforço pela enfermagem”, finalizou.
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